Contribuintes que aplicarem em planos de previdência privada do tipo PGBL até 26 de dezembro deste ano têm chance de receber uma restituição maior do Imposto de Renda (IR) em 2026, segundo simulações da Empiricus Asset.
O benefício ocorre porque a Receita Federal permite abater até 12% da renda bruta tributável anual na declaração completa do IR. Com isso, a parcela investida deixa de ser tributada na base anual e o contribuinte pode aumentar o valor a restituir.
A gestora utilizou o exemplo de quem ganha R$ 10 mil por mês, renda bruta anual de R$ 120 mil. Nesse caso, 12% equivalem a R$ 14.400, valor que precisaria ser aplicado em um PGBL para obter o abatimento máximo.
De acordo com a simulação:
A diferença entre não investir e investir no PGBL, mantendo a declaração completa, ultrapassa R$ 3,9 mil. Para quem recebe R$ 15 mil mensais, o ganho adicional pode beirar R$ 6 mil, segundo a Empiricus.
Com a tabela do IRPF prevista para 2026, salários a partir de R$ 7.350 por mês continuam sujeitos à alíquota máxima de 27,5%. A aplicação em PGBL reduz a base tributável dentro desse limite de 12% da renda bruta anual.
Imagem: Boris Bellini via moneytimes.com.br
Pedro Fiorentino, especialista de middle office da Empiricus Asset, alerta que o ganho fiscal só vale a pena se o fundo tiver boa gestão e custos adequados. Taxas elevadas ou desempenho fraco podem anular a vantagem tributária.
Entre as opções citadas pela casa está o Empiricus FoF Super Previdência Yield, um fundo de fundos (FoF) que combina títulos públicos, renda fixa e ações para diversificar a carteira e ajustar a exposição conforme o cenário de mercado.
Além do benefício fiscal, os recursos aplicados em PGBL não sofrem cobrança de come-cotas, mecanismo que realiza recolhimento semestral de imposto sobre fundos de investimento tradicionais.
Para garantir a dedução na declaração do próximo ano, o aporte deve ser efetivado até 26 de dezembro.