Suzano sobe mais de 5% após divulgar lucro de R$ 5 bi e revisão de investimentos

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São Paulo, 7 de agosto de 2025 – As ações da Suzano (SUZB3) avançavam cerca de 5,21% por volta das 15h30 desta quinta-feira, figurando entre as maiores altas do Ibovespa, depois da divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025.

Lucro e desempenho operacional

A companhia registrou lucro líquido de R$ 5 bilhões no período. O Ebitda ajustado somou R$ 6,1 bilhões, superando em 4,2% a estimativa da Genial Investimentos. A geração de fluxo de caixa livre alcançou R$ 2,6 bilhões, 8,3% acima das projeções da corretora.

Produção menor e Capex maior

Durante apresentação a analistas, o CEO Beto Abreu informou que a produção de celulose será reduzida em 3,5% nos próximos 12 meses para preservar rentabilidade. Ao mesmo tempo, o orçamento de capital (Capex) para 2025 foi elevado para R$ 13,3 bilhões, alta de 7% sobre a previsão anterior.

Segundo o vice-presidente executivo de finanças, Marcos Assumpção, o impacto do aumento do Capex na alavancagem deve ser “marginal”. A meta da companhia é reduzir a relação Dívida Líquida/Ebitda para 2,5 vezes nos próximos trimestres, meta considerada mais factível em 2026 diante do cenário de preços.

Tarifa nos EUA não afeta celulose

Abreu esclareceu que toda a celulose produzida pela Suzano foi incluída na lista de exceções do governo norte-americano e, portanto, seguirá sujeita à tarifa de 10%, em vez dos 50% anunciados para outros produtos. O executivo afirmou que esse custo já foi repassado aos clientes nos Estados Unidos. Uma fração inferior a 10% do negócio de papéis e embalagens ficou fora da exceção e terá a produção redirecionada, principalmente para a América Latina.

Imagem: Gustavo R via moneytimes.com.br

O CEO acrescentou que a companhia manteve diálogo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços para auxiliar nas negociações com Washington.

Recomendação da Genial

A Genial Investimentos reiterou recomendação de compra para SUZB3, com preço-alvo de R$ 63,50, o que implica potencial de valorização de 23% em relação ao fechamento de 6 de agosto. A corretora avaliou que o aumento do Capex poderia pressionar os papéis no curto prazo, mas considera o impacto limitado devido à forte geração de caixa e ao “valuation descontado”.

Nas palavras finais da teleconferência, Abreu destacou como prioridades a busca por maior competitividade de custos, a desalavancagem financeira e o avanço da joint venture com a norte-americana Kimberly-Clark.