A Delta Air Lines informou, em carta enviada na sexta-feira (26) a três senadores democratas dos Estados Unidos, que nunca utilizou inteligência artificial para estabelecer preços de passagens e que suas tarifas são determinadas apenas por “dinâmica de mercado e vigorosa concorrência”.
O documento é direcionado a Ruben Gallego, Mark Warner e Richard Blumenthal, que na semana anterior demonstraram preocupação de que a companhia pudesse adotar IA para definir valores individualizados, elevando custos para os consumidores.
“Não existe, nunca existiu nem está em teste qualquer produto tarifário da Delta que direcione preços individualizados com base em dados pessoais”, diz o texto. “Nossa precificação jamais leva em conta informações pessoais.”
A empresa, sediada em Atlanta, esclareceu que avalia uma ferramenta de gestão de receita desenvolvida pela startup Fetcherr. O sistema, segundo a aérea, serve para auxiliar analistas ao reduzir processos manuais, acelerar análises e agilizar ajustes de tarifas, mas sem recorrer a dados pessoais de clientes. Em fase piloto, a tecnologia é empregada para:
A carta responde a declarações do presidente da Delta, Glen Hauenstein, feitas em dezembro, nas quais ele mencionou que a IA poderia prever “o valor que as pessoas estão dispostas a pagar por produtos premium relacionados às tarifas básicas”.
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Na mesma semana, o diretor-presidente da American Airlines, Robert Isom, afirmou que usar IA para precificar passagens pode abalar a confiança do consumidor. “Não se trata de enganar. Falar em empregar IA dessa forma não é apropriado e, pela American, não é algo que faremos”, disse em teleconferência de resultados.
A Delta acrescentou que avalia soluções de IA para responder dúvidas complexas de clientes, agilizar tempo de resolução de problemas e apoiar o planejamento de escalas de tripulação.
Com informações de Fox Business