A Wormhole, protocolo de interoperabilidade que permite a transferência de ativos entre diferentes blockchains, anunciou nesta quarta-feira uma reformulação na tokenomics do seu token nativo Wormhole (W). As mudanças incluem a criação de uma reserva de tokens, novo modelo de recompensas para staking e alterações no cronograma de desbloqueio dos ativos.
O comunicado detalha três ajustes centrais:
• Reserva W: um fundo alimentado por taxas e receitas do protocolo.
• Rendimento base de 4%: stakers receberão pelo menos essa taxa anual, com bônus maiores para participantes ativos do ecossistema.
• Desbloqueios quinzenais: o esquema anterior de liberações em lote será substituído por unlocks a cada duas semanas.
Segundo a equipe, o objetivo é “ampliar significativamente” o volume de transferências de ativos e mensagens entre redes nos próximos 12 a 24 meses. À medida que a adoção crescer, a expectativa é de que mais tokens fiquem bloqueados e parte da receita retorne ao protocolo.
O token W foi lançado em 3 de abril de 2024, a US$ 1,66. Cerca de dez sessões depois, recuou para US$ 0,54. Após o anúncio desta quarta-feira, o ativo subiu mais de 6,3%.
Imagem: Trader Iniciante 2 (17)
O W também funciona como token de governança. Ao serem delegados, os tokens concedem poder de voto sobre a condução do protocolo. No momento, US$ 45 milhões em W estão em staking e 485 milhões de unidades já foram utilizadas em votações.
Dan Reecer, cofundador da Wormhole Foundation, detém a maior fatia de influência, com US$ 30,5 milhões em W alocados, equivalentes a 25,1% do poder de voto.
No X (antigo Twitter), usuários elogiaram a revisão, mas lamentaram a ausência de um segundo airdrop ou de um mecanismo de recompra e queima — práticas frequentemente empregadas para reduzir a oferta e, potencialmente, sustentar o preço.
A Wormhole atua em um segmento que ganha tração no setor de cripto: a interoperabilidade entre blockchains. Entre os principais concorrentes estão Chainlink (serviço de mensagens entre cadeias), LayerZero (implantação omnichain) e Axelar (protocolo de interoperabilidade).
A Cointelegraph informou ter procurado a Wormhole para comentários, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição.