O gestor Luís Stuhlberger, fundador e CIO da Verde Asset, afirmou nesta sexta-feira (25) que considera “quase obrigação” manter uma fatia do portfólio em ouro e criptoativos. A declaração foi feita durante participação na Expert XP, em São Paulo.
Quem: Luís Stuhlberger, gestor da Verde Asset.
O que: recomendou pequena alocação em ouro e criptomoedas.
Quando: sexta-feira, 25 (data mencionada no evento).
Onde: Expert XP, em São Paulo.
Por quê: riscos fiscais nos Estados Unidos e possível enfraquecimento do dólar.
Segundo o gestor, esses dois ativos são as únicas alternativas que funcionam como “anti-moeda fiduciária” atualmente. “As duas anti-fiat currencies que existem hoje são ouro e cripto. Não tem outra”, disse.
Stuhlberger destacou preocupação com o aumento do déficit público dos Estados Unidos, que pode chegar a 6% ou 7% no futuro. Ele citou ainda a pressão do ex-presidente Donald Trump por juros artificialmente baixos e um dólar mais fraco, o que, segundo o gestor, aumenta a incerteza sobre a sustentabilidade da dívida americana.
“O sonho do Trump é ser o Japão: juro zero, porque ele acredita que gastar dinheiro com juros é jogar dinheiro no lixo”, afirmou durante o painel.
Imagem: infomoney.com.br
Atualmente, a Verde mantém em torno de 5% de seu portfólio distribuídos entre ouro e criptomoedas. Stuhlberger define a posição como “pequena, mas necessária”, lembrando que os preços desses ativos já subiram bastante e apresentam volatilidade elevada.
Para o gestor, apesar do risco e do alto valor, a alocação serve como proteção em um cenário de possível desvalorização do dólar e expansão fiscal sem limites nos EUA.
Com informações de InfoMoney