São Paulo, 28 de julho de 2025 – Estados Unidos e União Europeia chegaram a um entendimento que corta de 30% para 15% a alíquota sobre produtos europeus, a quatro dias do prazo final para a aplicação das sanções. Com o acerto, o Brasil torna-se o único grande parceiro comercial que ainda não fechou acordo com Washington.
A notícia aumentou a percepção de risco para ativos brasileiros e diminuiu a atratividade da Bolsa local. O Ibovespa encerrou o pregão em queda de 1,04%, aos 132.000 pontos, menor patamar desde 22 de abril. No mês, o índice acumula baixa de 4,84%, mas ainda exibe alta de 9,85% no ano.
Parte dos recursos que haviam migrado de Wall Street nos últimos meses retornou para os EUA depois do avanço nas negociações comerciais, reduzindo o volume negociado em São Paulo. O giro desta segunda-feira ficou em R$ 12,8 bilhões, 25% abaixo da média dos últimos 12 meses (R$ 16,6 bilhões).
Com menor incerteza sobre o ambiente tarifário nos Estados Unidos, o dólar ganhou força. A moeda subiu 0,52% frente ao real, encerrando a sessão a R$ 5,59. Em julho, a alta é de 2,9%, enquanto no acumulado do ano o dólar ainda recua 9,54%.
No mercado de juros, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou a 14,93% ao ano. Para janeiro de 2029, a taxa passou de 13,54% para 13,53%. O vencimento de janeiro de 2036 avançou de 13,89% para 13,88% ao ano, refletindo preocupações com o risco fiscal no longo prazo.
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Dos 84 papéis do Ibovespa, 73 recuaram. Entre as maiores altas estiveram São Martinho (SMTO3) +3,56%, Yduqs (YDUQ3) +2,26% e Ultrapar (UGPA3) +2,18%. No lado oposto, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 4,27%, CSN (CSNA3) perdeu 4,42% e Vivara (VIVA3) recuou 5,23%.
Com informações de Valor Investe