BNDES aprova R$ 345 milhões para construção de 60 balsas na região Norte

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) autorizou nesta terça-feira (28) financiamento de R$ 345 milhões à empresa de logística Hermasa para a aquisição de 60 balsas e dois empurradores fluviais, com foco na redução de emissões de carbono.

De acordo com o banco de fomento, as novas embarcações poderão cortar em até 88,4% as emissões anuais de CO2. A economia virá da diminuição no número de viagens, graças ao aumento de capacidade de carga, e da possibilidade de utilização de biodiesel nos empurradores em substituição ao diesel convencional.

Os estaleiros da região Norte serão responsáveis pela produção de 46 balsas graneleiras do tipo Box, com capacidade para 2.390 toneladas cada, e 14 do tipo Raked, capazes de transportar 2.200 toneladas. O projeto prevê a geração de aproximadamente 355 empregos no corredor logístico dos rios Madeira e Amazonas, área de atuação da Hermasa, controlada pela Amaggi.

O total investido pode alcançar R$ 384 milhões, somando recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), criado em 1958 e abastecido por uma taxa sobre o frete, predominantemente de importações. Segundo o BNDES, a operação reforça a política de fortalecimento da marinha mercante nacional.

“A aquisição de novas embarcações atende às expectativas de crescimento das exportações de grãos pelos corredores logísticos e portos do Norte nos próximos dez anos”, afirmou em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

BNDES aprova R$ 345 milhões para construção de 60 balsas na região Norte - Imagem do artigo original

Imagem: redir.folha.com.br

Além da maior capacidade das balsas, os empurradores terão baixo calado, permitindo navegação durante todo o ano, inclusive em períodos de seca. O crédito integra o programa BNDES Azul, destinado à descarbonização da frota naval e da infraestrutura portuária.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ressaltou que, desde 2023, o governo já priorizou quase R$ 70 bilhões do FMM para projetos, três vezes mais do que os R$ 22,7 bilhões aprovados entre 2019 e 2022.

Com informações de Folha de S.Paulo

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