A Verde Asset, uma das gestoras mais tradicionais do país, está em tratativas para formar uma joint venture com a Vinci Compass, segundo apuração do Brazil Journal divulgada nesta terça-feira (29).
Conforme as informações, o acordo prevê a permanência da equipe liderada por Luis Stuhlberger — que fundou a Verde há 28 anos, ainda na época da Hedging Griffo — por um período de cinco anos. A Lumina Capital Management, detentora de 25% de participação na Verde, também continuaria no negócio durante esse intervalo.
Os sócios da Vinci, Gilberto Sayão e Alessandro Horta, já teriam definido um formato básico para a operação. A proposta destaca a baixa sobreposição de áreas entre as duas casas e estabelece uma transição planejada para Stuhlberger.
Desde o lançamento em 1997, o fundo Verde acumula retorno de 29.390,61%. Atualmente, a gestora administra cerca de R$ 17 bilhões, montante bem inferior aos R$ 58 bilhões alcançados em 2021, quando a taxa Selic chegou a ficar em um dígito e os fundos atraíram mais recursos.
O possível negócio reforça o movimento de consolidação em uma indústria que enfrenta forte saída de capitais. No primeiro semestre de 2025, os fundos brasileiros registraram resgates líquidos de R$ 37,8 bilhões, segundo a Anbima, revertendo a captação líquida positiva de R$ 190 bilhões verificada no mesmo período de 2024.
Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br
No período de janeiro a junho deste ano, os multimercados lideraram as retiradas, com saídas líquidas de R$ 78,9 bilhões.
Se confirmada, a união entre Verde e Vinci deve marcar um dos principais movimentos do mercado de gestão de recursos em 2025, sinalizando adaptação das casas ao cenário de menor apetite por fundos e maior competição por escala.
Com informações de Money Times