O Santander Brasil divulga na próxima quarta-feira (30), antes da abertura do pregão, os resultados do segundo trimestre de 2025. A expectativa predominante entre casas de análise é de desaceleração dos números após um início de ano considerado sólido.
Levantamento da Bloomberg aponta lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, praticamente estável em relação aos três primeiros meses do ano (queda de 0,9% trimestre a trimestre) e 14,8% superior ao montante registrado um ano antes.
Na B3, as units do banco acumulam retração de 12% desde as máximas de 2025, refletindo cautela dos investidores à espera do balanço.
O Citi colocou o papel sob “Negative Catalyst Watch” ao prever reação negativa do mercado. O banco americano cortou projeções, manteve preço-alvo em R$ 28 e citou três pontos de atenção: crescimento tímido da carteira, pressão sobre a margem financeira de mercado (NII) e evolução limitada da eficiência operacional.
Para o Safra, o ritmo de expansão dos trimestres anteriores deve perder força, em parte devido às oscilações do câmbio. Embora a margem com clientes deva seguir beneficiada pelo custo dos depósitos, a margem líquida ajustada de mercado é projetada em -R$ 505 milhões, principal fator de compressão do resultado.
O relatório do Safra também estima custo de risco em 4,9%, aumento de 22 pontos-base em relação ao trimestre anterior, acompanhando a elevação dos índices de inadimplência observada no início do ano.
A Genial Investimentos projeta lucro líquido recorrente de R$ 3,82 bilhões e retorno sobre o patrimônio (ROE) de 16,8%, queda de 0,25 ponto percentual na margem trimestral, mas avanço de 1,56 ponto percentual em doze meses. Segundo a corretora, pesam contra a rentabilidade o NII Mercado negativo, influenciado pela Selic elevada, e provisões maiores para créditos de pior qualidade.
Imagem: Renan Dantas via moneytimes.com.br
A XP Investimentos segue linha semelhante. A casa espera crescimento moderado em cartões de crédito imobiliário e de varejo, além de pressão em empréstimos consignados ligados ao INSS e em financiamentos de veículos usados. O volume total de crédito tende a ficar estável frente ao primeiro trimestre.
Para a XP, o lucro líquido recorrente deve alcançar R$ 3,7 bilhões (queda de 4,2% no comparativo trimestral e alta de 10,9% sobre o segundo trimestre de 2024), resultando em ROE de 16,4%, recuo de 90 pontos-base na mesma base de comparação.
Com as projeções sobre a mesa, investidores aguardam o balanço da próxima quarta-feira para calibrar expectativas sobre o desempenho do banco no restante de 2025.
Com informações de Money Times