Florianópolis acumulou inflação de 6,98% nos 12 meses encerrados em junho, de acordo com o Índice de Custo de Vida (ICV) apurado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). A taxa ultrapassa todas as variações registradas no mesmo período pelas 16 capitais e regiões metropolitanas que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE.
No IPCA, os maiores avanços foram anotados em Belo Horizonte (5,70%) e São Paulo (5,69%), enquanto Aracaju apresentou a menor alta (4,42%). A média nacional ficou em 5,35% em 12 meses.
Na capital catarinense, o grupo alimentação e bebidas encareceu 9,70% em um ano, acima dos 6,66% verificados na média do país. O grupo transportes subiu 10,80%, também superior à variação nacional de 5,11%. Dentro desse segmento, gasolina aumentou 16,34% e o transporte público, 11,40%; no IPCA, os respectivos reajustes foram 6,60% e 6,50%.
Os preços ligados à habitação avançaram 7,68% em Florianópolis, ante 5,30% no IPCA do Brasil. Segundo a economista Bruna Soto, da Fundação de Estudos Superiores de Administração e Gerência (Fesag), o crescimento populacional e o aquecimento do turismo ajudam a explicar a pressão sobre aluguéis e serviços.
Calculado desde 1968, o ICV monitora 297 itens consumidos por famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, a mesma faixa contemplada pelo IPCA. A equipe responsável compara os dois indicadores porque ambos seguem metodologia semelhante de coleta e ponderação de preços.
Imagem: redir.folha.com.br
Em junho, a cesta básica custou, em média, R$ 867,83 na capital catarinense, segundo levantamento do Dieese. No ranking de 17 capitais pesquisadas, apenas São Paulo apresentou valor maior, de R$ 882,76.
Com informações de Folha de S.Paulo