Corretoras revêm carteiras de agosto após tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros

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O aumento de 50% nas tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros, em vigor nesta quarta-feira (6), elevou a aversão ao risco e levou bancos e corretoras a revisarem suas indicações de investimento para agosto.

Renda fixa

No Itaú BBA, os analistas mantiveram a preferência por três grupos de títulos:

  • Prefixados de cerca de 3 anos – considerados atrativos, desde que o investidor carregue o papel até o vencimento.
  • IPCA+ a partir de 5 anos – apontados como a principal alternativa para capturar o processo de desinflação, com taxa real de cinco anos girando em torno de 7,5% ao ano.
  • Pós-fixados – recomendados para horizontes de até dois anos, graças ao carrego elevado e à baixa visibilidade sobre cortes de juros no curto prazo.

A XP Investimentos montou uma carteira que combina títulos públicos e crédito privado. Entre os papéis do Tesouro, há:

  • Letra Financeira do Tesouro (LFT) atrelada à Selic, com duração de 3,1 anos;
  • Nota do Tesouro Nacional (LTN) prefixada de 2,9 anos;
  • Duas NTN-B (indexadas ao IPCA) com vencimentos em 4,3 e 6,2 anos.

No crédito privado, foram incluídos dois CDBs (um prefixado e outro indexado ao IPCA), ambos de dois anos, além de debêntures da Isa Energia (8,9 anos) e da Petrobras (7,5 anos). A casa sugere limitar a 5% a exposição a um único emissor e a 20% a todo o segmento de crédito privado.

Ações brasileiras

Segundo o BTG Pactual, o impasse comercial com os EUA, o quadro político interno e os juros elevados “afastaram temporariamente o senso de urgência” para investir no Brasil. Na prática, porém, bancos e corretoras mantiveram papéis considerados resilientes.

Entre nove instituições, seis mantiveram Itaú (ITUB4) nas carteiras. Outras companhias mais citadas foram:

  • Petrobras (PETR4) – cinco recomendações e projeção de dividend yield médio de 8,5% para 2025 e 2026;
  • Vale (VALE3) – cinco recomendações;
  • Vivo (VIVT3) – quatro indicações;
  • Prio (PRIO3) – quatro indicações.

Ações internacionais e BDRs

Resultados positivos das gigantes de tecnologia no segundo trimestre de 2025 impulsionaram as recomendações de BDRs e ações no exterior. Sete casas destacaram:

  • Microsoft (MSFT34) – cinco recomendações depois de ultrapassar US$ 4 trilhões em valor de mercado;
  • Amazon (AMZO34) – cinco recomendações, apoiadas nos quase 38% de participação da empresa no varejo on-line dos EUA;
  • Alphabet (GOGL34) – quatro indicações;
  • Meta (M1TA34) – três indicações;
  • JPMorgan (JPMC34) – três indicações;
  • Nvidia (NVDC34) – três indicações.

Treasuries continuam no radar

Especialistas afirmam que os títulos do Tesouro dos Estados Unidos seguem atraentes, oferecendo rendimento anual de 4,20% nesta quarta-feira, patamar considerado elevado para aplicações em dólar.

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