Tarifaço de Trump sobre 69 países passa a valer e eleva impostos de 10% a 41% nas exportações aos EUA

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Washington – Entraram em vigor na madrugada desta quinta-feira, 7 de agosto de 2025, as novas tarifas globais determinadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As alíquotas variam de 10% a 41% e atingem 69 parceiros comerciais.

Principais percentuais

Síria (41%), Suíça (39%), África do Sul (30%) e Venezuela (15%) estão entre os países mais afetados. Taiwan, grande fornecedora de semicondutores, pagará 20%. O Lesoto, que chegou a ser ameaçado com 50%, ficou com 15%. Para as demais nações a sobretaxa permanece em 10%.

A Índia foi enquadrada com 25% já nesta quinta-feira. Além disso, Trump impôs outra tarifa de 25% em retaliação à compra de petróleo russo; essa cobrança extra começa a valer em 20 dias.

Brasil sofre maior carga

O Brasil, inicialmente incluído na faixa de 10%, já convive com um acréscimo de 40% aplicado anteriormente, elevando o imposto total para 50% – o mais alto até o momento. Apesar disso, cerca de 700 itens brasileiros receberam isenção.

Na véspera da medida, as exportações brasileiras para o mercado norte-americano somaram US$ 3,71 bilhões em julho, alta de 3,8% em relação ao mesmo mês de 2024. O avanço contemplou produtos liberados da nova taxação, como componentes de aviação civil e suco de laranja, e também itens agora sobretaxados, como café e carne.

Tentativas fracassadas de negociação

A presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, deixou Washington na quarta-feira (6) sem conseguir aliviar as tarifas impostas ao país. Taiwan igualmente não obteve redução.

Para Chad Bown, pesquisador sênior do Instituto Peterson de Economia Internacional, a quantidade de regras e exceções tornou o cenário comercial “extremamente complicado, até para especialistas”.

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Imagem: redir.folha.com.br

Antecedentes e próximos passos

As sobretaxas retomam o “Dia da Libertação”, 2 de abril, quando o governo americano anunciou o tarifaço. Uma reação negativa adiou a implementação por uma semana e levou à cobrança provisória de 10% enquanto Washington buscava acordos bilaterais.

A China ficou fora da lista, mas tem até 12 de agosto para firmar um entendimento com os EUA. Hoje, produtos chineses pagam 30% para entrar no mercado americano, enquanto mercadorias dos EUA desembarcam na China com 10%. Se não houver acordo, as tarifas originais de 145% (sobre importações chinesas) e 125% (sobre vendas americanas) voltarão a valer.

Impacto na arrecadação

Levantamento da consultoria Pantheon Macroeconomics indica que, somente em julho, o governo dos Estados Unidos arrecadou aproximadamente US$ 30 bilhões em tarifas e impostos especiais, bem acima da média mensal de US$ 8 bilhões registrada em 2024.

O pacote tarifário reforça a estratégia de Trump de pressionar parceiros comerciais em busca de concessões bilaterais, ampliando a imprevisibilidade nas cadeias globais de suprimentos.

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