Trump manda reguladores investigarem bancos por suposta discriminação a conservadores

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A Casa Branca determinou nesta quinta-feira (7) que órgãos federais de supervisão financeira revisem políticas e práticas de instituições bancárias que possam ter levado à chamada “desbancarização” de clientes conservadores nos Estados Unidos.

O decreto assinado pelo presidente Donald Trump exige que Federal Reserve, Controladoria da Moeda (OCC) e Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) avaliem “quaisquer políticas ou práticas passadas ou atuais, formais ou informais” que resultem em negação de serviços por motivos políticos ou religiosos. Quando constatada irregularidade, os reguladores deverão aplicar multas e outras sanções.

Acusações de motivação política

Desde o início do ano, Trump acusa grandes bancos de fechar contas ou recusar novos clientes alinhados à direita, além de empresas de criptomoedas e do setor de petróleo. Na ordem executiva, ele afirma que essas práticas são “inaceitáveis” e têm restringido o acesso de indivíduos e companhias que cumprem a lei.

O presidente citou episódio envolvendo o CEO do Bank of America, Brian Moynihan. Segundo Trump, o executivo teria se recusado a abrir uma conta para ele após o JPMorgan encerrar seus serviços em 2021, logo depois de sua saída da Casa Branca.

Trump também declarou que algumas instituições participaram de “programas de vigilância direcionados pelo governo” contra conservadores após os ataques de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio. De acordo com o presidente, o governo Biden teria orientado bancos a sinalizar pagamentos contendo termos como “Trump” ou “Maga”.

Resposta do setor

Moynihan afirmou na terça-feira (5) que o presidente “procura a coisa certa” e aprovou a iniciativa de estabelecer novas regras. O Bank Policy Institute, entidade que representa grandes bancos, elogiou a medida desta quinta-feira, dizendo que ela “ajuda a garantir tratamento justo” a todos os clientes.

Em junho, o Citigroup suspendeu restrições para negociar com determinados lojistas de armas, impostas depois do tiroteio em Parkland, na Flórida, em 2018. A mudança foi vista no mercado como reflexo da pressão do governo republicano.

Reputação e supervisão

No primeiro mandato de Trump, reguladores retiraram o chamado “risco reputacional” da lista de critérios de supervisão bancária. Parlamentares republicanos alegavam que esse conceito era usado para negar serviços a setores e grupos conservadores. O novo decreto pede que o princípio seja oficialmente abandonado.

Conservadores e investidores de tecnologia vêm denunciando desde 2021 a suposta discriminação. Os bancos negam viés político e atribuem restrições às normas de combate à lavagem de dinheiro, mais rígidas para pessoas expostas politicamente.

Com a ordem publicada, os reguladores deverão abrir processos de revisão imediata. Não foi divulgado prazo para conclusão das análises.

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