A Sabesp registrou lucro líquido de R$ 2,13 bilhões no segundo trimestre de 2025, resultado 78% superior ao apurado no mesmo período de 2024.
De acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira (11), o desempenho refletiu a combinação de repasse de novas tarifas, fim de descontos concedidos a grandes consumidores, aumento do consumo, inclusão de novas ligações e ganhos de eficiência, como redução de despesas gerais e enxugamento do quadro de funcionários.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 3,89 bilhões, alta de 34% ante o segundo trimestre do ano passado. Analistas consultados pelo mercado estimavam lucro líquido ajustado de R$ 1,25 bilhão e Ebitda de R$ 3,08 bilhões para o período.
No acumulado de janeiro a junho, o lucro líquido alcançou R$ 3,6 bilhões.
Entre abril e junho, a companhia investiu R$ 3,6 bilhões, montante 26% maior que o do trimestre anterior e 178% acima do registrado um ano antes. Os recursos foram direcionados a obras de infraestrutura e projetos de expansão voltados às metas de universalização.
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“Entregamos mais um trimestre de forte desempenho, marcado por crescimento sólido do lucro e geração robusta de caixa”, afirmou, em comunicado, o diretor financeiro Daniel Szlak. Segundo ele, o ritmo de investimentos demonstra o compromisso da empresa em ampliar o acesso à água e ao saneamento.
Julho marcou o primeiro aniversário da conclusão do processo de desestatização da Sabesp, oficializada em 23 de julho de 2024, na B3. O governo paulista arrecadou R$ 14,77 bilhões com a venda de ações a R$ 67 cada, valor cerca de 20% abaixo da cotação de mercado na época. Sem concorrência, a Equatorial ficou com 15% do capital da companhia.
O principal argumento para a privatização foi antecipar de 2033 para 2029 a universalização dos serviços de água e esgoto no estado. Para atingir a meta, a Sabesp prevê investir cerca de R$ 70 bilhões nos próximos cinco anos.