São Paulo, 28 de julho de 2025 – O dólar à vista fechou esta segunda-feira (28) cotado a R$ 5,5899, avanço de 0,50% em relação ao encerramento anterior. A moeda brasileira acompanhou o fortalecimento global do dólar, impulsionado pela incerteza nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos e pela expectativa de anúncios de política monetária no meio da semana.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o índice DXY, que compara o dólar a seis divisas fortes, subia 1,01%, atingindo 98,652 pontos.
O câmbio refletiu o impasse comercial com os Estados Unidos. No domingo (27), o presidente norte-americano, Donald Trump, reafirmou que manterá para a próxima sexta-feira (1º) o início da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, descartando qualquer prorrogação do prazo.
Trump também comunicou um acordo tarifário com a União Europeia: produtos do bloco passarão a pagar 15% de taxa, enquanto europeus se comprometeram a adquirir energia e equipamentos militares dos EUA e a destinar US$ 6 trilhões em investimentos ao país. Washington já firmou entendimentos semelhantes com Reino Unido, Japão, Indonésia e Filipinas.
Paralelamente, negociadores dos Estados Unidos e da China retomaram conversas nesta segunda-feira, com novas rodadas previstas para os próximos dias.
No cenário doméstico, investidores aguardam a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na quarta-feira (30). A expectativa majoritária é de manutenção da Selic em 15% ao ano. Opções de Copom negociadas na B3, atualizadas na sexta-feira (25), apontavam 96,11% de probabilidade de estabilidade e 2,85% de chance de elevação de 0,25 ponto percentual.
Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br
Nos Estados Unidos, a aposta é semelhante: o Federal Reserve deve manter os juros entre 4,25% e 4,50% apesar das pressões da Casa Branca por cortes. De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, o mercado atribui 96,9% de chance de manutenção e 3,1% de probabilidade de redução de 25 pontos-base.
Com a proximidade das decisões de política monetária e a escalada das tensões comerciais, a busca por proteção elevou a demanda por dólares, sustentando a alta da moeda norte-americana frente ao real.
Com informações de Money Times