Ibovespa abre em alta, dólar cai e exterior segue no foco; confira os cinco destaques desta segunda-feira

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O Ibovespa iniciou o pregão desta segunda-feira, 4 de agosto, em terreno positivo. Às 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da B3 avançava 0,29%, aos 132.825,82 pontos, enquanto o dólar à vista recuava 1,17%, cotado a R$ 5,5354 na venda.

O movimento ocorre em meio à divulgação de uma série de balanços corporativos e à expectativa de juros mais baixos nos Estados Unidos, além da tensão comercial entre Brasília e Washington.

Resultados em pauta

Após o fechamento do mercado, são esperados os números de BB Seguridade (BBSE3), Mercado Livre (MELI34), Copasa (CSMG3) e Pague Menos (PGMN3), o que mantém os investidores atentos ao noticiário corporativo.

Cinco assuntos que mexem com o mercado hoje

1. Inflação menor no Focus

O Boletim Focus desta segunda-feira trouxe redução das projeções de inflação para 2025 e 2026, agora em 5,07% e 4,43%, respectivamente (ante 5,09% e 4,44%). As estimativas para 2027 e 2028 permaneceram em 4,00% e 3,80%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a previsão para 2026 cedeu de 1,89% para 1,88%, enquanto as de 2025, 2027 e 2028 ficaram em 2,23%, 1,95% e 2,00%. Expectativas para câmbio e Selic não foram alteradas.

2. Impasse Lula-Trump sobre tarifas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na sexta-feira (1º) que Luiz Inácio Lula da Silva poderia telefonar a qualquer momento para discutir a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que entra em vigor na quarta-feira (6). Lula respondeu que está aberto ao diálogo, mas ressaltou que as decisões do país cabem aos brasileiros. As declarações mantêm o tema no centro das atenções.

3. Opep+ amplia oferta de petróleo

Os preços do petróleo recuam mais de 2% após a Opep+ comunicar aumento de 547 mil barris por dia em setembro. Com a inclusão de volume adicional dos Emirados Árabes Unidos, cerca de 2,5 milhões de bpd devem chegar ao mercado, o equivalente a 2,4% da demanda global. A aliança volta a se reunir em 7 de setembro para avaliar possíveis cortes de até 1,65 milhão de bpd, atualmente vigentes até o fim de 2026.

Imagem: Juliana Caveiro via moneytimes.com.br

4. Brava Energia bate recorde de produção

A Brava Energia (BRAV3) registrou produção média preliminar de 90,9 mil barris de óleo equivalente por dia em julho, acima dos 87,2 mil de junho. O resultado foi impulsionado pelo segmento offshore, que respondeu por 56,2 mil boe/d, enquanto o onshore somou 34,7 mil boe/d. O campo de Papa-Terra alcançou o melhor desempenho desde agosto de 2021.

5. Aura Minerals mira saída da TSX

Após concluir sua listagem na Nasdaq, a Aura Minerals (AURA33) pretende deixar a Bolsa de Toronto (TSX). A mineradora busca consolidar a negociação de seus papéis nos Estados Unidos, alegando custos de manutenção menores e maior liquidez. A deslistagem ainda depende da aprovação da TSX e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil para ajuste dos BDRs.

Os desdobramentos desses cinco temas devem orientar o comportamento do mercado ao longo do dia.

Com informações de Money Times