São Paulo, 24 de julho de 2025 – O Ibovespa aprofundou as perdas nesta quinta-feira diante da falta de progresso nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o principal índice da B3 recuava 0,96%, aos 134.063,42 pontos, depois de tocar mínima intradiária de 1,27%, na faixa dos 133 mil pontos.
A aversão ao risco ganhou força após novas declarações do presidente norte-americano, Donald Trump. Na noite de quarta-feira, ele afirmou que países “com os quais os EUA não estão se dando bem” podem enfrentar tarifa de 50% sobre exportações para o mercado americano a partir de 1º de agosto. O governo brasileiro trabalha em um plano de contingência para mitigar eventuais impactos.
No mercado de moedas, o índice DXY – que compara o dólar a seis divisas fortes – subia 0,15%, alcançando 97,367 pontos às 13h. Frente ao real, porém, a moeda norte-americana caía 0,07%, negociada a R$ 5,5191.
Em Nova York, os índices caminhavam sem direção única no mesmo horário. O S&P 500 avançava 0,21%, para 6.372,26 pontos; o Nasdaq ganhava 0,20%, aos 21.060,85 pontos; já o Dow Jones recuava 0,39%, para 44.836,34 pontos.
No noticiário corporativo, Alphabet subia quase 2% após divulgar resultados acima do esperado, enquanto Tesla desabava mais de 8% depois de balanço fraco. Dados macroeconômicos também movimentaram os negócios: os pedidos semanais de seguro-desemprego caíram em 4 mil, para 217 mil, e o PMI composto da S&P Global subiu para 54,6 em julho, o maior patamar desde dezembro. Trump deve visitar o Federal Reserve ainda hoje, a primeira ida oficial de um presidente norte-americano ao banco central em quase 20 anos.
Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br
Na Ásia, o sentimento foi positivo. O Nikkei, em Tóquio, avançou 1,59%, e o Hang Seng, em Hong Kong, ganhou 0,51%, impulsionados pelo acordo comercial que reduziu para 15% a tarifa dos EUA sobre produtos japoneses. Na Europa, o Stoxx 600 subiu 0,24%, aos 551,54 pontos, após o Banco Central Europeu manter a taxa básica em 2% e diante da expectativa de entendimento entre União Europeia e Washington.
As negociações seguem voláteis, com investidores atentos a cada sinal de avanço ou retrocesso nos diálogos entre Brasília e Washington.
Com informações de Money Times