Oportunidades em FIIs de lajes corporativas persistem até 2025, avalia analista da Empiricus

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Os fundos imobiliários (FIIs) focados em lajes corporativas foram destaque em 2024, quando entregaram retorno médio de 14,21% em dividendos. Em 2025, porém, o setor passou a enfrentar turbulências após o governo publicar, em 11 de junho, uma Medida Provisória (MP) que altera a tributação sobre investimentos.

Pela proposta, a partir de 2026, os rendimentos distribuídos por FIIs e Fiagros – hoje isentos de Imposto de Renda – passarão a pagar 5%. Já o ganho de capital será tributado por uma alíquota única de 17,5%, encerrando a tabela regressiva que varia de 22,5% a 15%.

Mesmo com a perspectiva de impostos maiores, a taxa Selic em 15% ao ano e a queda recente do Ifix, o analista Caio Araujo, da Empiricus Research, afirma que ainda há espaço para lucros no segmento até o fim de 2025. A avaliação foi apresentada no painel sobre fundos imobiliários do evento “Onde Investir no 2º Semestre”, realizado entre 1º e 4 de julho.

Descontos e potencial de valorização

Segundo Araujo, no início de 2025 os ativos imobiliários eram negociados com grandes descontos em relação ao valor patrimonial, reflexo das incertezas econômicas. Apesar de alguma recuperação posterior, ele vê as lajes corporativas como uma das classes com maior potencial, devido à possibilidade de reajustes de aluguel e ganho de capital. A expectativa, no entanto, é de que esses movimentos ocorram no médio prazo.

Para identificar oportunidades, o analista recomenda acompanhar o cenário macroeconômico, principalmente o fim do ciclo de alta dos juros, indicadores de inflação, projeções de curto prazo para a Selic e o custo de oportunidade.

Imagem: Gabriele Marques via moneytimes.com.br

Fundo “ousado” na carteira

No mesmo painel, Araujo citou um FII de lajes corporativas com portfólio de imóveis de alto padrão que, nos seis meses anteriores ao evento, distribuiu 20,10% em rendimentos, enquanto o Ifix avançou 15,22%. Projeções da Empiricus indicam dividend yield anual próximo de 10% e potencial de valorização superior a 20% para o produto, classificado pelo analista como uma aposta “ousada”.

As recomendações completas apresentadas durante o evento foram reunidas em um e-book gratuito para os leitores do Money Times, que inclui sugestões em fundos imobiliários, ações, BDRs, renda fixa, criptomoedas e outros ativos.

Com informações de Money Times