A Petrobras registrou produção média próxima de 3 milhões de barris de óleo equivalente por dia no segundo trimestre de 2025, volume que bateu recorde histórico e superou as expectativas dos analistas. Mesmo assim, às 12h16 desta quarta-feira (30), as ações preferenciais caíam 0,37%, cotadas a R$ 32,32.
O BTG Pactual avalia que, com o desempenho recente, a estatal caminha para ultrapassar a meta de produção estabelecida para 2025. Embora o preço do Brent permaneça abaixo do indicado no plano de negócios da companhia, continua acima do consenso de mercado, o que, segundo o banco, pode permitir o adiamento de parte dos investimentos e reforçar a liquidez de curto prazo.
A Genial Investimentos destacou a eficiência operacional evidenciada pelo ramp-up de plataformas como FPSO Almirante Tamandaré, Maria Quitéria e Anita Garibaldi, além da entrada em operação do FPSO Alexandre de Gusmão. Já a XP Investimentos prevê continuidade da curva de crescimento, principalmente no campo de Búzios, onde os principais FPSOs (180 mil barris/dia cada) seguem elevando a produção. Um novo FPSO, o P-78, deixou o estaleiro em Cingapura e deve iniciar operações no segundo semestre.
Apesar do avanço operacional, a queda nos preços do petróleo leva as casas de análise a projetarem distribuição de dividendos mais contida no trimestre:
O Santander considera que a estatal enfrenta o trecho mais desafiador de seu plano estratégico, com espaço reduzido no balanço e petróleo em patamar inferior ao projetado. Possíveis aquisições e o leilão da PPSA podem, na visão do banco, limitar dividendos no curto prazo, motivo pelo qual aguarda eventuais ajustes no plano de negócios no quarto trimestre.
Imagem: Renan Dantas via moneytimes.com.br
Em sentido oposto, o BTG Pactual reforça recomendação favorável, apontando rendimento anualizado de dividendos em torno de 11%, lucros resilientes e desconto expressivo em relação a pares globais.
Por enquanto, o mercado segue atento ao resultado financeiro completo do segundo trimestre, que confirmará ou não as projeções de fluxo de caixa e a capacidade da Petrobras de manter remuneração elevada aos acionistas.
Com informações de Money Times