São Paulo, 2 de abril de 2025 – O investigador on-chain conhecido como ZachXBT criticou a conferência Token2049 por, segundo ele, falhar na checagem de antecedentes de seus patrocinadores. Em mensagens no Telegram, o analista lembrou que patrocínio “platinum” não significa legitimidade e listou cinco projetos que, apesar de históricos nebulosos, continuam atraindo investidores.
Mesmo com fundamentos fracos, alguns criptoativos se mantêm no mercado graças a:
Origem: lançada pela Gluwa entre 2024 e 2025, apresenta-se como a primeira rede DePIN baseada em satélites para levar 5G a 2,9 bilhões de pessoas.
Controvérsias: ZachXBT classificou o projeto como “botted”. Alegou ter passado por auditoria de meses em 2022, mas não divulgou o nome da empresa nem relatório público. Não há provas de lançamentos de satélites.
O que a mantém ativa: forte promoção, patrocínios de eventos e interesse especulativo.
Origem: exchange fundada em Singapura em 2013 sob o nome Jubi; relançou token JU e serviços CeDeFi em 2025.
Controvérsias: histórico de trocas de controle e rebrandings. Não possui licença nos Estados Unidos nem na União Europeia; aguarda autorização em Taiwan.
O que a mantém ativa: campanhas agressivas e expectativa de valorização do token.
Origem: plataforma de futuros sediada em Singapura desde 2018, permite negociação anônima e oferece bônus.
Controvérsias: não é regulada por autoridades de padrão rigoroso. Usuários relatam travamento de contas e exigências inesperadas de KYC.
O que a mantém ativa: apelo do alto retorno prometido em contratos futuros e promoções frequentes.
Imagem: Trader Iniciante 2 (15)
Origem: market maker que atua em mais de 60 exchanges e figura como patrocinador platinum do Token2049.
Controvérsias: já foi acusado de wash trading; em 27 de março de 2025, a Vite Labs afirmou ter perdido fundos após suposto rug pull envolvendo serviços da DWF e o posterior deslistamento na Binance.
O que a mantém ativa: visibilidade obtida com patrocínios, somada a narrativas promocionais.
Origem: exchange de spot e futuros criada em 2021 e registrada em São Vicente e Granadinas.
Controvérsias: entrou no radar da Unidade de Inteligência Financeira da Coreia do Sul por atender clientes locais sem registro obrigatório.
O que a mantém ativa: listagem de altcoins de nicho, programas de bônus e busca de lucros rápidos por traders.
O histórico de fraudes associadas a grandes eventos inclui a JPEX, que investiu US$ 70 mil para ser patrocinadora platinum do Token2049 em 2023 e depois suspendeu saques, causando perdas estimadas em mais de 1 bilhão de dólares de Hong Kong, e a HyperVerse, apontada pela SEC dos Estados Unidos como esquema Ponzi que lesou investidores em US$ 1,89 bilhão após promover festas luxuosas.
Apesar das frequentes denúncias, esses projetos continuam recebendo atenção em um mercado movido por especulação e forte engajamento comunitário.
Com informações de Cointelegraph