São Francisco, EUA – O diretor‐de‐investimentos da Bitwise Asset Management, Matt Hougan, afirmou que 2026 deve ser um “ano de alta” para o Bitcoin (BTC), contrariando o tradicional ciclo de quatro anos associado ao halving da criptomoeda.
Em vídeo publicado na plataforma X na sexta-feira, Hougan declarou: “Aposto que 2026 será um ano positivo”. Para o executivo, o ciclo de quatro anos “está morto” porque:
Desde abril, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump vem pressionando publicamente o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, a cortar juros – movimento que, segundo Hougan, pode impulsionar o Bitcoin ao tornar aplicações tradicionais, como títulos e depósitos, menos atraentes.
Hougan avaliou que a “chance de grandes quebras” no mercado encolheu graças ao avanço regulatório e à entrada de investidores institucionais. Nesse contexto, ele acredita que “forças pró-cripto de longo prazo” devem superar os fatores do antigo ciclo, abrindo espaço para ganhos adicionais até 2026.
O executivo, porém, apontou um ponto de atenção: o crescimento de empresas que mantêm Bitcoin em tesouraria. Ele classificou o fenômeno como “algo a ser observado”. A gestora VanEck compartilhou preocupação semelhante, alertando que companhias que captam recursos via emissão de ações ou dívidas para comprar BTC podem ficar vulneráveis caso o preço recue.
Para o curto prazo, Hougan projeta uma valorização mais “lenta e sustentada” do que explosiva, embora reconheça a possibilidade de forte volatilidade.
Imagem: cointelegraph.com
No momento da publicação, o Bitcoin era negociado a US$ 118.169, alta de 10,17% nos últimos 30 dias, segundo dados da Nansen.
Dias antes, o CEO da CryptoQuant, Ki Young Ju, também declarou que a teoria do ciclo de quatro anos “morreu”, citando mudanças no comportamento das chamadas “baleias”. Já o analista Rekt Capital discorda: para ele, se o padrão de 2020 se repetir, o mercado pode atingir o pico em outubro de 2024, 550 dias após o halving ocorrido em abril.
Com informações de Cointelegraph