A dificuldade de mineração do Bitcoin (BTC) alcançou um novo recorde histórico de 127,6 trilhões nesta semana, segundo dados da plataforma CoinWarz. O próximo ajuste automático da rede está programado para 9 de agosto e, de acordo com as projeções, deve reduzir o indicador em cerca de 3%, para aproximadamente 123,7 trilhões.
Atualmente, o tempo médio para a descoberta de cada bloco está em torno de 10 minutos e 20 segundos. A tendência de alta coroa uma sequência de oscilações observadas ao longo do ano: em junho, a dificuldade registrou queda, chegando a 116,9 trilhões no fim do mês e nas duas primeiras semanas de julho, antes de retomar o movimento ascendente na segunda metade do mês.
A dificuldade de mineração é ajustada a cada 2.016 blocos (aproximadamente a cada duas semanas) para manter o intervalo médio de 10 minutos entre blocos definido pelo protocolo. O ajuste leva em conta o hashrate — o poder computacional total dedicado à rede — e influencia diretamente a rentabilidade dos mineradores.
Esse mecanismo também protege o chamado stock-to-flow do Bitcoin, métrica que compara o total de moedas em circulação com a quantidade que entra no mercado a cada ano. Cerca de 94% dos 21 milhões de BTC já foram extraídos, conferindo à criptomoeda um índice de escassez superior ao do ouro.
O analista conhecido como PlanB calcula que o ouro possui uma relação stock-to-flow em torno de 60, enquanto o Bitcoin já atinge aproximadamente 120, tornando-se, segundo ele, duas vezes mais escasso que o metal precioso. Ao ajustar a dificuldade conforme o hashrate, a rede evita a superprodução de novos bitcoins, contribuindo para a estabilidade de oferta.
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O ajuste previsto para 9 de agosto, portanto, refletirá a oscilação recente no poder de mineração, buscando manter o ritmo de emissão de novos blocos dentro do alvo de 10 minutos.
Com informações de Cointelegraph