Um relatório divulgado nesta terça-feira (23) pelo banco britânico Standard Chartered indica que companhias que atuam como tesourarias de criptoativos acumularam 1% de todo o fornecimento de Ether (ETH) desde o início de junho.
De acordo com o estudo, essas empresas focadas em Ether estão comprando a criptomoeda em ritmo duas vezes maior que o registrado pelos veículos corporativos voltados ao Bitcoin (BTC) no mesmo período. Esse movimento, aliado ao desempenho dos fundos negociados em bolsa (ETFs) de ETH à vista nos Estados Unidos, teria contribuído para a recente valorização do ativo.
O banco mantém projeção de preço de US$ 4.000 para o Ether no fim de 2024, mas avalia que entradas contínuas de capital podem levar a cotações acima desse patamar. Mesmo com o avanço recente, o ETH ainda é negociado mais de 21% abaixo do recorde histórico de US$ 4.890, alcançado em novembro de 2021.
O Standard Chartered afirma que as tesourarias de Ether dispõem de vantagens regulatórias em relação às de Bitcoin, já que podem obter recompensas de staking e utilizar alavancagem em finanças descentralizadas (DeFi) — oportunidades indisponíveis para os ETFs de ETH nos Estados Unidos. Diante disso, o banco projeta que essas companhias possam, no longo prazo, deter até 10% de todo o Ether em circulação, dez vezes mais que o volume atual.
Entre as empresas que mais possuem ETH, a mineradora listada em bolsa BitMine Immersion Tech lidera, com 0,5% da oferta circulante. A companhia já manifestou intenção de ampliar a participação para até 5%, o que exigiria a compra de cerca de 6 milhões de tokens, segundo o relatório.
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Na semana passada, foi anunciada a criação da Ether Machine, que pretende montar uma posição on-chain superior a 400 mil ETH — estimada em mais de US$ 1,5 bilhão — e buscar listagem na Nasdaq com o ticker ETHM.
Com informações de Cointelegraph