Especialista alerta que grandes marcas ignoram riscos de privacidade ao apostar em stablecoins

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Stablecoins avançam rapidamente no mercado financeiro e atraem empresas de diferentes setores, mas os riscos de exposição de dados permanecem sem a devida atenção, segundo Fahmi Syed, presidente da Midnight Foundation.

Grandes nomes entram no setor

Em 2023, o PayPal lançou o token PYUSD, que alcançou capitalização de mercado de US$ 1 bilhão, posicionando-se como concorrente direto do USDC, da Circle, e do USDT, da Tether. Já em 2024, a gestora BlackRock anunciou planos para adquirir 10% das ações da Circle em sua oferta pública inicial (IPO), sinalizando a consolidação das stablecoins no sistema financeiro tradicional.

Além de instituições financeiras, gigantes do varejo buscam emitir seus próprios tokens atrelados ao dólar. Amazon e Walmart confirmaram estudos internos sobre o assunto, indicando que pretendem utilizar stablecoins para reduzir custos operacionais, eliminar intermediários e otimizar o gerenciamento de caixa.

Preocupação com a privacidade

Syed alerta que a discussão pública sobre stablecoins concentra-se em regulamentação, colateralização e inovação em pagamentos, deixando de lado a privacidade dos usuários. Por estarem em blockchains públicas, todas as transações são registradas de forma permanente e visível, permitindo que qualquer pessoa acompanhe o histórico de compras e transferências de um endereço.

Para empresas com milhões de clientes, a exposição de dados pode facilitar a análise de concorrentes, que teriam acesso em tempo real a padrões de consumo, estratégias de preços e desempenho de receita. Essa transparência também abre espaço para práticas como front-running e manipulação de mercado.

Regulação sem proteção de dados

O executivo cita o projeto de lei GENIUS Act, que estabelece regras de lastro e prevenção à lavagem de dinheiro, mas não aborda diretamente a proteção de dados. Na avaliação dele, sem requisitos claros de confidencialidade, a adoção em larga escala pode ficar comprometida.

Tecnologias ainda não padronizadas

Ferramentas criptográficas, como provas de conhecimento zero (zero-knowledge proofs), permitem ocultar saldos e revelar informações apenas a auditores autorizados. No entanto, essas soluções ainda não estão disponíveis de forma padronizada nos principais ecossistemas que suportam stablecoins.

Syed conclui que, se as empresas não resolverem o problema da privacidade, as stablecoins correm o risco de perder a confiança do público e não atingir a adoção de massa desejada.

Com informações de Cointelegraph

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