A Federal Housing Finance Agency (FHFA) comunicou recentemente que as gigantes hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac passarão a aceitar criptoativos na análise de crédito para concessão de financiamentos imobiliários nos Estados Unidos.
A medida reconhece oficialmente saldos em carteiras de criptomoedas como parte do patrimônio do solicitante, alterando um processo que, até então, se baseava quase exclusivamente em comprovantes de renda, ativos bancários e histórico de crédito tradicional.
Segundo levantamento da plataforma imobiliária Redfin, 12% dos compradores de casa em 2024 pretendem usar criptomoedas no pagamento da entrada. Em 2019, esse índice era de 5%, indicando crescimento do uso de ativos digitais em transações imobiliárias.
Especialistas contrários à nova política alertam para a volatilidade de ativos como Bitcoin, apontando riscos à estabilidade do mercado hipotecário. Já defensores argumentam que a transparência das carteiras on-chain oferece dados mais precisos sobre a capacidade financeira do tomador, além de ampliar o acesso de investidores digitais ao crédito tradicional.
Empresas do setor financeiro trabalham no desenvolvimento de produtos que aceitam criptoativos como garantia sem gerar eventos tributários de ganho de capital, reforçando a tendência de integração entre finanças descentralizadas e sistema bancário convencional.
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Com a inclusão dos criptoativos nas análises de crédito, a FHFA reforça a adaptação das políticas habitacionais a novos formatos de acumulação de riqueza, aproximando o mercado imobiliário de investidores que concentram parte de seu patrimônio em ativos digitais.
Com informações de Cointelegraph