A Arkham Intelligence identificou retroativamente o furto de 127.426 Bitcoin (BTC) do pool de mineração chinês LuBian, ocorrido em 28 de dezembro de 2020. À época, o montante era avaliado em aproximadamente US$ 3,5 bilhões, configurando o maior ataque já registrado contra o setor de criptoativos.
Segundo a empresa de análise on-chain, o invasor conseguiu subtrair cerca de 90% dos BTC mantidos pelo pool. Os administradores da LuBian ainda transferiram 11.886 BTC para carteiras de recuperação, mas o ataque não foi divulgado publicamente naquele momento.
Os fundos foram movimentados por meio de várias transações. Em 1.516 delas, a LuBian incluiu mensagens via OP_RETURN direcionadas às carteiras do hacker, ação que consumiu aproximadamente 1,4 BTC em taxas.
A Arkham aponta que o pool utilizava um algoritmo de criação de chaves privadas vulnerável a ataques de força bruta. Esse ponto fraco teria permitido o acesso não autorizado aos ativos.
Com a valorização do Bitcoin desde 2020, o montante subtraído hoje ultrapassa US$ 14,5 bilhões, reforçando a necessidade de práticas rigorosas de segurança e uso de geradores de números aleatórios confiáveis na geração de chaves.
Imagem: Trader Iniciante 2 (10)
O caso supera incidentes posteriores que até então figuravam no topo da lista. Em fevereiro de 2024, a exchange Bybit perdeu US$ 1,5 bilhão após o comprometimento de uma máquina de desenvolvedor da SafeWallet. Em abril do mesmo ano, um golpe de engenharia social fez uma vítima idosa perder US$ 330 milhões em BTC, valor lavado através de 300 carteiras distintas.
Com esses números, o ataque à LuBian passa a liderar o ranking histórico de maiores roubos envolvendo criptoativos.
Com informações de Cointelegraph