Um tiroteio na noite de segunda-feira (28) em um arranha-céu de Midtown Manhattan, em Nova York, deixou quatro mortos — entre eles um policial do NYPD — e reacendeu a preocupação de executivos sobre a proteção de funcionários e lideranças corporativas.
O incidente ocorreu no número 345 da Park Avenue, edifício que abriga a sede da NFL, a gestora de investimentos Blackstone, a imobiliária Rudin Management e um escritório da KPMG. De acordo com a polícia, o atirador, identificado como Shane Tamura, estacionou em fila dupla, atravessou a praça em frente ao prédio e entrou no saguão, onde efetuou os primeiros disparos. Em seguida, utilizou o elevador para os andares superiores na tentativa de alcançar os escritórios da liga de futebol americano, antes de tirar a própria vida.
O ataque ocorre menos de um ano após o assassinato do CEO da United Healthcare, Brian Thompson, também em Nova York. O acusado, Luigi Mangione, teria agido movido pelo destaque público do executivo. A sequência de episódios elevou o tema da segurança corporativa a prioridade entre empresas e consultorias especializadas.
Para James Gagliano, ex-agente supervisório do FBI e analista de segurança, é impossível garantir proteção absoluta quando o criminoso está disposto a morrer. “Se alguém aceita morrer no processo, não existe pessoa no planeta que possa ter segurança 100% garantida”, afirmou. Ele acrescenta que o momento de polarização política aumenta o risco de ataques direcionados.
Gagliano prevê que companhias revisem medidas como presença de vigilantes internos e externos, rotas de deslocamento de executivos e protocolos de viagens. No setor de saúde, segundo ele, organizações já retiraram fotos de líderes de sites institucionais e reforçaram escoltas.
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Embora reconheça a necessidade de camadas adicionais de proteção, o especialista alerta para o desafio de conciliar segurança com liberdades civis. “Todos teremos de enfrentar essa questão”, disse, ressaltando o limite entre medidas preventivas e preservação de direitos individuais.
A investigação sobre o ataque em Manhattan segue a cargo do Departamento de Polícia de Nova York.
Com informações de FOX Business