A escolha entre investir em Fundos Imobiliários de papel ou aplicar diretamente em títulos de crédito privado, como CRIs, CRAs e debêntures, ainda gera dúvidas entre investidores. O tema foi discutido no programa Liga de FIIs, do InfoMoney, com a participação de Marco Baroni, head de Fundos Imobiliários da Suno Research, e Sérgio Machado, gestor da MAG Investimentos.
Baroni ressaltou que o investimento direto exige análise detalhada dos documentos de securitização e aceitação de menor liquidez e maior concentração de risco. “É comum que a oferta apresente apenas o lado positivo. Quem não domina a técnica acaba exposto a riscos que não percebe”, afirmou.
Segundo o especialista, delegar a alocação a um fundo pode oferecer vantagens em diversificação de crédito e avaliação técnica. “Quando se investe via FII de papel ou fundo de crédito, o fator principal é a confiança no gestor; a rentabilidade vem depois”, acrescentou.
Machado, à frente da gestão da MAG Investimentos há mais de dez anos, apoiou a visão de Baroni. Ele relatou a mudança de uma carreira focada em operações de alto risco, como tesoureiro de grandes bancos, para a criação da família de fundos MAG Cash, voltada a crédito de baixíssimo risco.
Imagem: infomoney.com.br
“Percebi que estava perdendo a sensibilidade para decisões rápidas de risco. Migrei para uma estratégia de geração de alfa com controle rigoroso”, disse. Hoje, os fundos sob sua responsabilidade concentram-se em títulos públicos, operações de termo sem volatilidade e letras financeiras (LFs) dos seis maiores bancos do país. “Em 11 anos, entregamos cerca de 108% do CDI, resultado que considero excelente para o perfil de risco adotado”, completou.
O episódio completo com Baroni e Machado foi exibido na última quarta-feira, às 18h, no canal do InfoMoney no YouTube. O Liga de FIIs vai ao ar semanalmente no mesmo horário.