O governo dos Estados Unidos avalia flexibilizar o prazo de 12 de agosto para finalizar um acordo comercial com a China, informou neste domingo (data local) o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer. Em entrevista ao programa “Face the Nation”, da CBS, Greer afirmou que o calendário “está em discussão” após “conversas muito positivas” com autoridades de Pequim.
Segundo o negociador, os diálogos ocorrem em diferentes níveis — técnicos, ministeriais e entre os presidentes Joe Biden e Xi Jinping. “Estamos trabalhando em algumas questões técnicas e relatando tudo ao presidente. Ninguém quer ver as tarifas voltarem a 84%”, destacou.
Atualmente, as tarifas sobre produtos chineses importados pelos EUA estão em torno de 30%, enquanto as aplicadas por Pequim sobre bens norte-americanos ficam em 10%. Esses percentuais foram estabelecidos após uma trégua de 90 dias, anunciada depois que Washington elevou as tarifas para 145% em abril e a China retaliou com 125%.
Greer explicou que, durante dois dias de negociações em Estocolmo na semana passada, os dois países firmaram compromissos cujo teor permanece confidencial. O principal tema foi o fluxo de ímãs e minerais de terras raras, área na qual “estamos mais ou menos na metade do caminho”, disse.
O representante alertou que, na ausência de um entendimento definitivo, as tarifas podem saltar para níveis superiores a 80%, afetando o comércio bilateral — a China é o maior parceiro comercial dos Estados Unidos.
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Greer não detalhou as “questões técnicas” nem os pontos exatos em discussão, mas afirmou que o ambiente das conversas é construtivo e que ambas as partes buscam evitar um novo aumento tarifário.
Com informações de Fox Business