Tesla é condenada a pagar mais de US$ 242 milhões por acidente fatal de 2019, decide júri nos EUA

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Um júri da corte federal de Miami decidiu na sexta-feira (29) que a Tesla é parcialmente responsável por um acidente fatal ocorrido em 2019 envolvendo o sistema Autopilot e determinou que a montadora pague US$ 242,6 milhões em indenizações.

Indenização bilionária

Os jurados fixaram em US$ 329 milhões o valor total a ser recebido pelas famílias de Naibel Benavides Leon, que morreu no acidente, e de seu então namorado Dillon Angulo, que ficou gravemente ferido. Desse montante, US$ 129 milhões referem-se a danos compensatórios e US$ 200 milhões a danos punitivos.

A sentença atribuiu à Tesla o pagamento de 33% dos danos compensatórios (US$ 42,6 milhões) e a totalidade dos danos punitivos, alcançando o valor de US$ 242,6 milhões.

Tesla anuncia recurso

Em nota, a empresa afirmou que a decisão é equivocada e que o motorista George McGee, responsável por 67% do acidente segundo o júri, estava em excesso de velocidade, distraído e teria desativado o Autopilot momentos antes da colisão. A montadora sustentou ainda que, pela legislação da Flórida, danos punitivos em ações de responsabilidade por produto são praticamente inexistentes e que, por isso, pretende recorrer.

A Tesla argumenta que os danos punitivos estariam limitados a, no máximo, três vezes o valor dos danos compensatórios, o que reduziria sua responsabilidade para US$ 170 milhões (US$ 42,5 milhões em danos compensatórios e US$ 127,5 milhões em danos punitivos).

Detalhes do acidente

O acidente ocorreu em abril de 2019, quando McGee conduzia um Tesla Model S equipado com Autopilot a cerca de 62 mph (aproximadamente 100 km/h) na região de Florida Keys. O veículo atingiu um Chevrolet Tahoe estacionado no acostamento. Naibel Benavides Leon e Dillon Angulo estavam ao lado do SUV quando foram atingidos.

Tesla é condenada a pagar mais de US$ 242 milhões por acidente fatal de 2019, decide júri nos EUA - Imagem do artigo original

Imagem: Sophia Compton FOXBusiness via foxbusiness.com

Brett Schreiber, advogado dos familiares, afirmou que a Tesla projetou o Autopilot para rodovias de acesso controlado, mas optou por não restringir seu uso em outras vias, enquanto o CEO Elon Musk promovia o sistema como sendo mais seguro do que motoristas humanos.

A montadora, que planeja reforçar sua defesa no tribunal de apelação, já enfrentou processos semelhantes relacionados a recursos de condução semiautônoma, mas a maioria foi encerrada antes de chegar a julgamento.

Com informações de Fox Business

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