O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que pode realizar o primeiro voo em fevereiro de 2026 no Boeing 747-8i de 13 anos doado pelo Catar e em processo de conversão para servir como Air Force One.
Falando a jornalistas a bordo do atual avião presidencial, Trump declarou que a aeronave adaptada deve ficar pronta “muito antes das outras” encomendadas pela Força Aérea. “Dizem fevereiro, talvez. Vamos receber este avião um ano e meio, dois anos antes”, disse.
O jato, aceito oficialmente por Trump em maio deste ano, precisa receber sistemas de comunicação seguros, defesa antimísseis, capacidade de reabastecimento em voo, proteção contra pulsos eletromagnéticos e contramedidas contra interferências eletrônicas. A aeronave também será inspecionada para remoção de possíveis equipamentos de vigilância.
Questionado sobre o custo da modernização, o ex-presidente afirmou não ter valores exatos e que a definição “fica a cargo dos militares”. No mês passado, o secretário da Força Aérea, Troy Meink, estimou despesas de “centenas de milhões de dólares”, enquanto parlamentares democratas apontaram que o total pode ultrapassar US$ 1 bilhão.
A Boeing deveria ter entregue no ano passado duas unidades do 747-8i destinadas a substituir os atuais VC-25A (versão militar do 747-200B), em operação desde 1990. O projeto, contratado por preço fixo de US$ 3,9 bilhões em julho de 2018, acumula atrasos de anos e perdas superiores a US$ 2,5 bilhões para a fabricante.
Oficialmente, Força Aérea e Boeing trabalham com prazo até 2027, mas a Casa Branca já admite que a entrega pode ficar para 2029 ou além.
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Trump justificou a urgência, dizendo que os atuais aviões presidenciais têm “32, 34, 35 anos” e enfrentam dificuldade para obtenção de peças. O ex-presidente também afirmou ter reduzido em “algo entre US$ 1,5 bilhão e US$ 1,7 bilhão” o preço negociado inicialmente durante o governo Barack Obama para os novos jatos.
O 747-8i recebido do Catar é a versão mais recente e maior da série produzida pela Boeing em Washington. Segundo Trump, sua entrada em serviço “mostrará melhor” a imagem dos Estados Unidos em relação a chefes de Estado que já utilizam modelos similares.
Com informações de Fox Business