A Apple anunciou que fechará em 9 de agosto sua unidade no Shopping Parkland, em Dalian, no nordeste da China. Será a primeira vez que a companhia encerra uma loja no país desde sua chegada ao mercado chinês, em 2008.
Em comunicado, o porta-voz Brian Bumbery explicou que a decisão decorre da “saída de vários varejistas do Shopping Parkland”. Segundo o representante, todos os funcionários da unidade terão a opção de serem realocados para outras lojas da empresa.
Moradores da cidade relataram nas redes sociais que o centro comercial passa por dificuldades, citando o fechamento de marcas como Michael Kors e Armani.
O encerramento ocorre em meio à desaceleração do consumo interno na China. Para estimular gastos, o governo local vem oferecendo subsídios para a compra de smartphones, eletrodomésticos e veículos elétricos, mas economistas avaliam que o impacto dessas medidas pode ser limitado.
A China é o segundo maior mercado da Apple, mas a companhia registrou queda de vendas no país por seis trimestres consecutivos. Em 2024, a receita somou US$ 66,95 bilhões, quase 10% abaixo do pico de US$ 74,2 bilhões alcançado em 2022.
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A participação da Apple no mercado chinês de smartphones também encolheu: passou de 17,9% em 2023 para 15,5% em 2024, conforme dados da Counterpoint Research. Concorrentes locais como Huawei, Xiaomi e Vivo ampliaram presença no período.
Apesar do fechamento no Shopping Parkland, a Apple manterá outra loja em Dalian, localizada no shopping Olympia 66, e pretende inaugurar uma unidade em Shenzhen ainda em julho. Com isso, a empresa espera terminar 2025 com 58 lojas no país, o mesmo número registrado no início do ano.
Com informações de Folha de S.Paulo