Marcelo Farinha, executivo com mais de 35 anos de carreira no Banco do Brasil, foi escolhido para assumir a presidência da Petros. A posse está prevista para o fim de maio, após habilitação pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
Segundo a fundação, a seleção ocorreu por processo de mercado em conformidade com as normas de governança. Fontes próximas à nomeação afirmam que o nome de Farinha recebeu apoio do diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, ex-diretor da Previ.
Ao longo da carreira, Farinha presidiu a Brasilcap, braço de capitalização do Banco do Brasil, e liderou a Federação Nacional das Empresas de Capitalização (Fenacap). Também foi diretor de investimentos do Economus, fundo dos funcionários da antiga Nossa Caixa, e da Pouprev. Formado em engenharia, possui mestrado em economia.
Farinha sucederá Henrique Jäger, que renunciou em abril para presidir a PetroCoque, petroquímica de Cubatão controlada pela Petrobras e pela Universal Empreendimentos. A escolha de Jäger, feita em 2023, havia sido alvo de questionamentos do Tribunal de Contas da União por supostamente não seguir o processo seletivo de mercado previsto nas regras da fundação.
Com patrimônio de R$ 137 bilhões e 132,5 mil participantes, a Petros é o segundo maior fundo de pensão do país, atrás apenas da Previ. A carteira é composta majoritariamente por renda fixa, que representa 82% dos ativos.
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O governo tem demonstrado interesse em envolver o fundo em projetos de infraestrutura, prática adotada em gestões anteriores do PT que gerou perdas significativas para os cotistas. Dois planos antigos de benefício definido acumulam déficit técnico superior a R$ 30 bilhões, obrigação que levou 48 mil aposentados e 2,3 mil participantes a arcarem com contribuições retroativas.
Com informações de Brazil Journal