Instituições financeiras planejam solicitar ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a realização de novos leilões de reservas internacionais ainda em 2025. O objetivo é ampliar o acesso a dólares e formar um “colchão” de liquidez para proteger operações de crédito a exportadores brasileiros.
A medida ganha força após o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, anunciar uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros. O aumento tarifário ameaça travar embarques e eleva o risco de inadimplência em Adiantamentos sobre Contrato de Câmbio (ACC), modalidade em que os bancos antecipam, em reais, parte ou todo o valor das exportações que serão realizadas no futuro.
Com mercadorias represadas e receitas em xeque, os bancos avaliam estender prazos ou renegociar pagamentos dessas operações. Para isso, precisam da autorização do Banco Central e de linhas de financiamento com instituições estrangeiras. A oferta adicional de dólares via leilões ajudaria a sustentar esse processo.
Integrantes do Ministério da Fazenda demonstram preocupação com possíveis impactos no câmbio caso o BC entre no mercado para fornecer divisas. Questionado, o Banco Central não comentou. O presidente da Febraban, Isaac Sidney, também não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
Imagem: redir.folha.com.br
Não há, por enquanto, definição de data nem de volume para eventuais leilões.
Com informações de Folha de S.Paulo