Berkshire registra baixa de US$ 3,8 bi em participação na Kraft Heinz

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A Berkshire Hathaway, conglomerado comandado por Warren Buffett, reconheceu uma baixa contábil de US$ 3,8 bilhões na participação de 27,4% que mantém na Kraft Heinz, informou a companhia neste sábado (2). O ajuste reduziu o valor registrado do investimento de US$ 13,5 bilhões, no fim do primeiro trimestre, para US$ 8,4 bilhões.

É a segunda vez que o grupo revê para baixo o valor da operação concluída em 2015, quando a Heinz, controlada pela Berkshire e pelo 3G Capital, foi combinada com a Kraft. Em 2019, a holding já havia contabilizado uma redução de US$ 3 bilhões.

Segundo a empresa, a decisão considerou a capacidade e a intenção de manter o investimento até que o preço de mercado supere o valor contábil, além da magnitude e da duração da queda das ações da Kraft Heinz, que têm desempenho inferior ao do mercado desde a fusão.

Vendas de ações e caixa

No balanço do segundo trimestre, a Berkshire revelou a venda líquida de US$ 3 bilhões em ações entre abril e junho, marcando o 11º período consecutivo em que as alienações superaram as compras. O portfólio acionário, avaliado em US$ 268 bilhões, foi reduzido em meio a forte volatilidade nos mercados financeiros.

A posição combinada de caixa e títulos do Tesouro norte-americano de curto prazo caiu US$ 3,6 bilhões, para US$ 344 bilhões, reflexo de empréstimos feitos anteriormente para aquisição de dívida soberana. Desconsiderando o efeito dos financiamentos, o montante de caixa aumentou cerca de US$ 11 bilhões no trimestre.

Resultados operacionais

O lucro operacional das diversas subsidiárias — que incluem setores como indústria, energia e ferrovias — recuou 3,8% em relação ao ano anterior, para US$ 11,2 bilhões, desempenho melhor do que a queda de 7% projetada pela consultoria Visible Alpha.

Desde que Buffett anunciou, em maio, que deixará o cargo de CEO no fim deste ano, as ações classe A da Berkshire acumularam perda de 12%, enquanto o S&P 500 avançou 10% no mesmo intervalo.

A Kraft Heinz estuda uma possível separação de ativos com o objetivo de destravar valor, segundo fontes próximas ao conselho. O movimento ocorre em meio à persistente depreciação de suas ações, que seguem abaixo do patamar registrado quando a Berkshire fechou o negócio há quase uma década.

Com informações de Folha de S.Paulo

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