Chefe de Itaipu diz que usina mantém preço da energia abaixo da média nacional

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O diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri, afirmou que a hidrelétrica atua como um fator de contenção no custo da eletricidade no país. Segundo ele, enquanto o megawatt-hora (MWh) no mercado brasileiro varia hoje entre R$ 300 e R$ 307, a energia produzida na usina sai por aproximadamente R$ 230.

Negociações com o Paraguai

Verri lembrou que Brasil e Paraguai acertaram, em abril de 2024, manter a tarifa em US$ 16,71 por quilowatt (kW) até dezembro de 2026, valor 26% menor que o praticado anteriormente. O governo brasileiro, entretanto, estuda reduzir esse preço para US$ 10 por kW já em 2026 caso o Anexo C do Tratado de Itaipu — que define bases tarifárias e comerciais — não seja revisado a tempo. O executivo disse não participar diretamente dessas tratativas.

Investimentos de R$ 5 bilhões

A empresa destina R$ 5 bilhões a um programa de modernização que engloba a migração de sistemas analógicos para digitais e a repotenciação das 20 turbinas instaladas. O processo, segundo Verri, deve elevar a eficiência das unidades sem alterar a estrutura atual, permitindo maior geração com o mesmo volume de água.

Energia firme em horários de pico

Com cerca de 40% da matriz elétrica nacional formada por fontes intermitentes — eólica e solar —, Itaipu garante fornecimento nos momentos de pico, sobretudo após as 16 h, quando a produção fotovoltaica cai abruptamente. Há 15 anos a usina respondia por 25% do consumo de eletricidade do país; hoje, participa com cerca de 9%, mas funciona, nas palavras do dirigente, como uma “bateria” para o sistema.

Estudos já contratados irão indicar quanto a repotenciação poderá acrescentar de energia firme. Para o futuro — em um horizonte de dez a 20 anos —, a companhia avalia a possibilidade de instalar duas novas unidades geradoras, embora ainda sem perspectiva de retorno imediato.

Chefe de Itaipu diz que usina mantém preço da energia abaixo da média nacional - Imagem do artigo original

Imagem: redir.folha.com.br

Diversificação do portfólio

Itaipu também busca ampliar a atuação em outras fontes: produz biometano, hidrogênio verde e combustível sustentável de aviação (SAF). Além disso, implantará painéis solares sobre o reservatório para atender ao próprio consumo da central, liberando cerca de 10 MWp que hoje são usados internamente.

Para Verri, a combinação desses projetos reforça o papel da usina na estabilização dos preços e na garantia de energia firme para o Brasil.

Com informações de Folha de S.Paulo

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