Cobrança de corretagem no Tesouro Direto praticamente some, mas chega a 0,5% ao ano em algumas casas

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A tarifa cobrada por corretoras e bancos para intermediar a compra de títulos públicos pelo Tesouro Direto perdeu força nos últimos anos, mas ainda não desapareceu por completo. Embora a maioria das instituições já tenha zerado a taxa, quem optar por algumas plataformas pode pagar de 0,15% a 0,5% ao ano sobre o valor aplicado.

Onde a cobrança persiste

Levantamento de abril de 2025 do Tesouro Direto aponta que XP, Nubank, Inter, Itaú e Banco do Brasil, líderes em número de operações, não cobram mais a tarifa. Já a corretora Amaril Franklin aplica 0,3% ao ano; o Banrisul cobra 0,5% para clientes que utilizam assessores ou mesa de operações; e a Mundinvest varia entre 0,3% e 0,5% ao ano.

Segundo Rafaela de Sá, planejadora financeira certificada pela Planejar, o fim da cobrança em grande parte do mercado foi impulsionado pelo avanço das fintechs e pela necessidade de atrair o pequeno investidor. “A concorrência e o baixo custo operacional desses títulos ajudaram a derrubar a taxa”, afirma.

Taxa de custódia continua em vigor

Além da eventual taxa de corretagem, continua obrigatória a taxa de custódia, cobrada pela B3, de 0,2% ao ano. O encargo incide diariamente sobre o valor dos papéis e é pago no vencimento, no resgate antecipado ou na data de juros.

No Tesouro Selic, investidores com até R$ 10 mil estão isentos dessa cobrança; acima desse limite, a taxa recai somente sobre o excedente. Assim, quem possui R$ 11 mil paga 0,2% sobre R$ 1.000 (R$ 2,00 ao ano).

Impostos

Os títulos seguem a tabela regressiva do Imposto de Renda, que varia de 22,5% para aplicações de até 180 dias a 15% para períodos acima de 721 dias. O valor é retido na fonte sobre o rendimento, não sobre o principal. Já o IOF incide apenas em resgates realizados nos primeiros 30 dias.

Perfil e opções de investimento

A plataforma oferece Tesouro Selic (pós-fixado à taxa básica, hoje em 15% ao ano), prefixados (taxas entre 13,52% e 13,81% na última semana), IPCA+ (inflação mais juros de até 7,5%), além dos títulos temáticos Educa+ e Renda+, atrelados ao IPCA com retorno adicional de até 7,93% e vencimentos que chegam a 2065.

Cobrança de corretagem no Tesouro Direto praticamente some, mas chega a 0,5% ao ano em algumas casas - Imagem do artigo original

Imagem: redir.folha.com.br

Rafaela de Sá recomenda alinhar o prazo do título ao objetivo financeiro: Tesouro Selic para reserva de emergência, IPCA+ para complementar renda e prefixados para metas como casamento ou compra de imóvel, sempre evitando resgates antecipados para não sofrer perdas com a marcação a mercado.

Como comprar

1. Acesse o site do Tesouro Direto e faça o cadastro, que pode ser realizado com login gov.br;
2. Escolha a instituição financeira habilitada;
3. Clique em “investir” e selecione o título desejado (inclusive Educa+ e Renda+);
4. Informe o valor de aplicação, adicione ao carrinho e avance para pagamento;
5. Selecione a conta da instituição escolhida e conclua a operação.

Em abril de 2025, a plataforma contabilizava 32 milhões de investidores cadastrados, dos quais 3 milhões ativos — alta de 13,6% em 12 meses. Somente no mês, 231 mil novos cadastros foram registrados.

Com informações de Folha de S.Paulo

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