Em coluna publicada em agosto de 2025, o assessor de investimentos Michael Viriato, sócio fundador da Casa do Investidor, afirma que o comportamento dos pais no dia a dia influencia diretamente a relação que os filhos terão com o dinheiro na vida adulta.
Segundo Viriato, crianças assimilam mais pelo exemplo do que pela instrução formal. Por isso, hábitos financeiros praticados de forma consistente em casa se tornam referência para as futuras decisões dos filhos. Para o especialista, cinco práticas podem ajudar na formação de adultos mais preparados:
O colunista recomenda incluir os filhos em discussões adequadas à idade sobre renda, despesas e prioridades. A transparência, diz ele, reduz distorções sobre a situação financeira da família.
Antes de adquirir bens de valor elevado, Viriato sugere comparar opções e planejar a compra. A atitude demonstra paciência e racionalidade, qualidades que as crianças tendem a reproduzir.
Aposentadoria, educação e seguros foram citados como exemplos de compromissos construídos com antecedência. Ao perceber que poupar traz segurança, os filhos associam tranquilidade à prática de investir.
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Endividamento, quando inevitável, deve ser planejado para reduzir custos. Mostrar que o financiamento pode ser estratégico ajuda a criar consciência sobre o preço do dinheiro, afirma o especialista.
Viriato alerta que transformar aplicações em “jogo” para crianças pode estimular atitudes de aposta. Para ele, educação financeira exige demonstrar responsabilidade no ganho e no uso dos recursos, não apenas na busca por rentabilidade.
O colunista conclui que cursos ou aplicativos têm efeito limitado se não houver coerência entre discurso e prática dentro de casa. “O investimento mais valioso”, enfatiza, é viver os mesmos hábitos que se deseja transmitir às próximas gerações.