EUA aplicarão tarifas a mais de 20 países a partir de 1º de agosto; Brasil enfrentará 50%

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Os Estados Unidos iniciarão em 1º de agosto uma nova rodada de sobretaxas sobre importações de mais de 20 nações e do bloco da União Europeia. O Brasil será o país mais afetado, com tarifa de 50% sobre todas as exportações, segundo anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump.

Seis parceiros comerciais fecharam acordos para reduzir, mas não eliminar, as alíquotas: União Europeia, Reino Unido, Vietnã, Indonésia, Filipinas e Japão.

Principais acordos

União Europeia – Acordo fechado em 27 de julho corta a tarifa de 30% para 15%. O bloco compromete-se a comprar US$ 750 bilhões em energia, investir US$ 600 bilhões nos EUA e adquirir equipamentos militares norte-americanos.

Reino Unido – Desde 8 de maio, o país paga 10% (antes 25%), em troca da redução de barreiras não tarifárias e da ampliação, pelos EUA, das vendas de etanol (US$ 700 milhões) e outros produtos agrícolas (US$ 250 milhões).

Vietnã – Em 2 de julho, Hanói aceitou restringir o conteúdo chinês em seus produtos e viu a alíquota cair de 40% para 20%.

Japão – A tarifa inicialmente estipulada em 24% foi reduzida para 15% em 22 de julho, após Tóquio concordar em investir US$ 500 bilhões nos Estados Unidos.

Indonésia e Filipinas – Ambos negociaram redução para 19%, mas os detalhes dos compromissos não foram divulgados.

China – Em 12 de maio, Washington e Pequim suspenderam tarifas mútuas por 90 dias. A alíquota cobrada pelos EUA foi temporariamente reduzida de 145% para 30%.

Tarifas que entram em vigor em 1º de agosto

10% – Reino Unido*

15% – Japão*, União Europeia*

19% – Indonésia*, Filipinas*

20% – Vietnã*

Imagem: redir.folha.com.br

25% – Moldávia, Coreia do Sul, Cazaquistão, Malásia, Tunísia, Brunei

30% – África do Sul, Bósnia e Herzegovina, Iraque, Líbia, Argélia, Sri Lanka, México

35% – Bangladesh, Sérvia, Canadá

36% – Camboja, Tailândia

40% – Laos, Mianmar

50% – Brasil

*Países ou blocos que firmaram acordo de redução de tarifas com os EUA.

As novas alíquotas passam a valer em todo o território norte-americano a partir do primeiro minuto de 1º de agosto.

Com informações de Folha de S.Paulo