EUA impõem tarifa adicional de 40% a exportações brasileiras e deixam 694 produtos de fora

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O governo dos Estados Unidos confirmou, na quarta-feira passada (30), a aplicação de uma tarifa extra de 40% sobre produtos brasileiros, elevando a sobretaxa total para 50%. A medida, anunciada pela Casa Branca durante a administração Donald Trump, começa a valer nesta quarta-feira (6).

O que permanece isento da nova cobrança

Um total de 694 itens escapou do aumento. Esses produtos continuam sujeitos apenas à tarifa geral de 10% e a impostos específicos já existentes para algumas categorias. Entre os itens preservados da elevação estão:

  • Castanha-do-Pará
  • Suco e polpa de laranja
  • Minério de ferro
  • Estanho
  • Silício
  • Magnésio
  • Mica
  • Alumínio
  • Energia e produtos energéticos
  • Carvão, coque e derivados
  • Petróleo
  • Gás natural
  • Borracha dura
  • Polpa de madeira e cortiça
  • Aeronaves civis e componentes
  • Drones
  • Motores elétricos
  • Balões e aeronaves não motorizadas
  • Helicópteros
  • Papel e celulose
  • Ouro e prata
  • Fertilizantes

Itens que serão sobretaxados em 50%

Carnes bovina, suína e de frango, pescados e café não constam na lista de exceções e, portanto, sofrerão a tarifa integral de 50% a partir de hoje.

Impacto para exportadores

Associações de produtores de carnes, pescados e cacau manifestaram preocupação com possíveis quebras de empresas que não consigam redirecionar a produção para outros mercados.

Segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), os itens poupados representaram US$ 42,3 bilhões em embarques ao mercado norte-americano no ano passado, cerca de 43% do total exportado. A entidade avalia que, apesar das exceções, setores estratégicos da economia brasileira continuarão sentindo os efeitos da nova tarifa.

EUA impõem tarifa adicional de 40% a exportações brasileiras e deixam 694 produtos de fora - Imagem do artigo original

Imagem: valorinveste.globo.com

Contexto político

A medida comercial foi divulgada pouco depois de os Estados Unidos aplicarem a Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O dispositivo prevê congelamento de ativos em território norte-americano e restrições ao uso de serviços de empresas sediadas no país. Especialistas ainda avaliam o alcance prático da sanção, mas recomendam que o magistrado evite transações em dólar para reduzir riscos.

A Casa Branca justificou o aumento tarifário como proteção à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos.

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