São Paulo – O Ibovespa subiu 1,48% nesta quarta-feira (7) e encerrou o pregão aos 136.528 pontos, aproximando-se do nível anterior ao anúncio do aumento de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Falta apenas 0,7% para o principal índice da B3 eliminar completamente a queda acumulada desde 9 de julho, data em que o presidente norte-americano, Donald Trump, elevou de 10% para 50% as tarifas sobre bens fabricados no Brasil e exportados aos EUA.
Na semana, o indicador acumula alta de 3,09%; no mês de agosto, 2,6%; e, no ano, 13,5%. A valorização das últimas sessões ocorreu após o recuo do governo norte-americano, que abriu espaço para a recuperação dos preços das ações brasileiras.
O giro financeiro atingiu R$ 18 bilhões, superando a média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,5 bilhões. Profissionais do mercado veem espaço para a continuidade do movimento de alta, impulsionado pela volta de investidores estrangeiros.
O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 5,42, recuo de 0,74%. Na semana, a moeda perde 2,2%; em agosto, 3,18%; e, no acumulado de 2025, registra baixa de 12,25% frente ao real.
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Após reduzir a pressão sobre o Brasil, Trump sinalizou que pode elevar de 25% para 50% as tarifas sobre produtos indianos. A medida seria uma retaliação à compra de petróleo russo pela Índia. Analistas ouvidos pela rede CNBC nos Estados Unidos alertam que uma eventual mudança nos fluxos de petróleo do país asiático poderia empurrar o preço do barril, hoje em torno de US$ 66, para acima de US$ 200.
Com a escalada da disputa comercial entre Washington e Nova Délhi, o Brasil assume um papel secundário, mas potencialmente beneficiado pela busca global por alternativas de fornecimento. Investidores seguem atentos ao desdobramento das negociações internacionais e ao comportamento dos mercados de commodities.