Presidente de think tank orienta geração Z a considerar cursos técnicos e empreendedorismo em vez da faculdade

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Washington (EUA) – O presidente do American Principles Project, Terry Schilling, recomenda que jovens da geração Z reavaliem a trajetória universitária tradicional e passem a olhar com mais atenção para profissões técnicas ou para o caminho do empreendedorismo, diante de um mercado de trabalho menos favorável aos recém-formados.

Em entrevista à FOX Business, Schilling afirmou que evitar dívidas estudantis – que podem chegar a US$ 80 mil a US$ 150 mil – e, ao mesmo tempo, garantir bons empregos deve ser prioridade. “Os cursos técnicos são, na minha opinião, a melhor alternativa”, declarou.

Dados apontam cenário difícil para novos graduados

Levantamento do Federal Reserve Bank de Nova York indica que o mercado de trabalho “deteriorou-se visivelmente” no primeiro trimestre de 2025, com os recém-chegados à força de trabalho entre os mais afetados.

Em junho, a taxa de desemprego entre todos os graduados era de 2,7%, mas saltava para 4,8% na faixa etária de 22 a 27 anos. Já a subutilização — proporção de diplomados empregados em funções que geralmente não exigem diploma — alcançou 33,7% no total e 41,3% entre os formados mais recentes.

No mesmo relatório, o Fed também registrou aumento expressivo na quantidade de empréstimos estudantis em atraso após o fim da moratória de pagamentos e a retomada do registro de inadimplência nos bureaus de crédito.

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Imagem: Sophia Compton FOXBusiness via foxbusiness.com

Custo elevado x retorno limitado

Schilling reconhece que diplomas continuam imprescindíveis para áreas como medicina e direito, mas avalia que, para muitos estudantes, o investimento se tornou desproporcional. “Com mensalidades chegando a US$ 50 mil ou US$ 60 mil por ano, a relação custo-benefício da faculdade parece cada vez menos vantajosa, especialmente se o graduado não obtiver salário compatível ou ficar tão desempregado quanto quem não cursou o ensino superior”, pontuou.

Mais de 1 milhão de vagas não preenchidas em ofícios manuais

Segundo a revista Forbes, mais de 1 milhão de postos em atividades técnicas permanecem abertos nos Estados Unidos, reflexo do envelhecimento da mão de obra e da preferência cultural por diplomas universitários. “Há carências enormes em eletricidade, encanamento, carpintaria e outras ocupações manuais”, observou Schilling, acrescentando que o foco excessivo em diplomas também desestimula a criação de novos negócios.

Fundado em 2009, o American Principles Project é uma organização nacional que atua em campanhas e defesa de pautas voltadas à família.

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