As novas tarifas de importação determinadas pelo presidente Donald Trump passaram a valer logo após a meia-noite desta quinta-feira, elevando impostos de entrada para mercadorias procedentes de mais de 60 países e da União Europeia.
As alíquotas agora partem de 10% e podem chegar a 50%, dependendo da origem. Produtos do Japão, da Coreia do Sul e do bloco europeu serão taxados em 15%. Mercadorias oriundas de Taiwan, Vietnã, Bangladesh e demais nações listadas pagarão 20%. As importações do Reino Unido enfrentarão tarifa de 10%.
Países específicos sofreram aumentos adicionais: 50% para bens vindos do Brasil, 39% para a Suíça, 35% para o Canadá e 25% para a Índia. Além disso, Trump confirmou na quarta-feira uma tarifa extra de 25% sobre produtos indianos, a ser aplicada em 21 dias, como resposta à compra de petróleo russo por Nova Délhi.
Remessas já embarcadas com destino aos Estados Unidos antes do novo horário-limite poderão ingressar no país com as alíquotas anteriores até 5 de outubro, de acordo com comunicado da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês).
Desde abril, valia uma cobrança base de 10%, após o adiamento de aumentos maiores. O governo revisou o plano e ajustou novamente as taxas, justificando a medida como forma de atrair investimentos e estimular contratações dentro do país.
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A China, que mantém tarifas retaliatórias, poderá ser alvo de um novo reajuste em 12 de agosto, caso Trump não prorrogue a trégua firmada nas negociações da semana passada. O presidente também cogita impor mais impostos se Pequim continuar adquirindo petróleo da Rússia.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, estima que a receita anual gerada pelos tributos sobre importação possa ultrapassar US$ 300 bilhões. Já empresas e consumidores norte-americanos se preparam para os efeitos do encarecimento dos produtos.
Trump afirmou na véspera que o país está “recebendo centenas de bilhões de dólares em tarifas” e previu um crescimento econômico “sem precedentes” com a política comercial adotada.