
São Paulo – O Dividend Yield (DY) é um dos principais indicadores usados por investidores para medir quanto uma empresa remunera seus acionistas por meio de dividendos ou juros sobre capital próprio (JCP) em relação ao preço da ação.
De acordo com Vanessa Leone, especialista em investimentos e sócia da The Hill Capital, o DY expressa a porcentagem do valor investido que retorna ao acionista como lucro distribuído. Se uma ação custa R$ 10 e a companhia paga R$ 1 em dividendos no ano, o indicador fica em 10%, significando retorno de 10% sobre o capital aplicado.
O indicador ganhou destaque entre investidores que almejam viver de renda, pois sinaliza o potencial de fluxo de caixa periódico obtido sem necessidade de trabalho ativo. Ainda assim, o número pode refletir pagamentos passados e projeções futuras, e não garante que os valores serão mantidos.
Leone alerta que um DY elevado não é sinônimo automático de boa oportunidade. Empresas podem apresentar indicador alto porque o preço das ações caiu significativamente ou por terem efetuado distribuições excepcionais, que não se repetem. Também pode indicar tentativa de atrair capital em meio a dificuldades financeiras. Por isso, é fundamental analisar histórico de pagamentos, fundamentos e capacidade de manutenção dos proventos.
O cálculo baseia-se na divisão do total de dividendos pagos nos últimos 12 meses pelo preço atual da ação, multiplicando o resultado por 100 para obter o percentual:

Imagem: infomoney.com.br
Dividend Yield = (Dividendos pagos no ano / Preço da ação) × 100
Se uma ação é negociada a R$ 20 e pagou R$ 1 em dividendos no período, o DY é de 5%. Caso a cotação suba para R$ 25, o indicador cai para 4%; se recuar a R$ 10, sobe para 10%.
Plataformas de investimento, sites especializados e relatórios de Relações com Investidores disponibilizam o DY de cada companhia. Alguns serviços permitem filtrar por setor, histórico de distribuição e projeções, além de exibir rankings das maiores pagadoras de dividendos.






