
As quatro maiores companhias aéreas dos Estados Unidos – United, Delta, American e Southwest – intensificaram nesta quinta-feira (30) a pressão sobre parlamentares democratas para que aprovem um continuing resolution (CR) “limpo” e, assim, reabram imediatamente o governo federal, em paralisação há 30 dias.
A manifestação das empresas ocorre após, na terça-feira, senadores democratas bloquearem pela 13ª vez a tentativa republicana de retomar as atividades governamentais. O líder da maioria no Senado, John Thune (republicano da Dakota do Sul), tentou avançar com o CR já aprovado pela Câmara, mas foi novamente impedido pelo líder da minoria, Chuck Schumer (democrata de Nova York), e pela bancada democrata.
O presidente da United Airlines, Scott Kirby, falou com jornalistas em frente à Casa Branca após reunião com o vice-presidente JD Vance, o secretário de Transportes Sean Duffy e outros representantes do setor aéreo.
“Já se passaram 30 dias; também acredito que é hora de aprovar um CR limpo”, afirmou Kirby. “Use-se isso como oportunidade para entrar em uma sala, a portas fechadas, e negociar duramente as questões substantivas que os norte-americanos querem ver resolvidas por políticos de ambos os partidos.”
Em nota ao jornal USA Today, a American Airlines declarou que “o meio mais rápido de terminar esta paralisação e pagar esses trabalhadores é aprovando um continuing resolution limpo”. A empresa advertiu que um prolongamento do impasse levará a “mais atrasos e cancelamentos”, afetando especialmente o movimentado período de fim de ano.
A Southwest Airlines pediu que o Congresso “resolva imediatamente o impasse e retome as operações normais do governo”. Segundo a companhia, “o público espera e merece viajar em um sistema no qual controladores de tráfego aéreo e funcionários federais de segurança recebem seus salários em dia”.

Imagem: Greg Norman FOXBusiness via foxbusiness.com
Já a Delta Air Lines afirmou que “implora ao Congresso que aprove imediatamente um CR limpo para reabrir o governo” e restabelecer o pagamento aos empregados federais que atuam na aviação.
Com o fracasso das negociações de terça-feira, os controladores de tráfego aéreo deixaram de receber o primeiro contracheque integral desde o início da paralisação. Militares deverão ficar sem pagamento completo nesta sexta-feira (1º), e os benefícios federais de nutrição enfrentam um corte a partir de sábado (2), mesma data em que começa, em todo o país, o período de inscrições no Obamacare.
Em meio ao impasse, trabalhadores da Administração de Segurança no Transporte (TSA) e do controle de tráfego aéreo seguem desempenhando suas funções sem remuneração, situação que as companhias aéreas classificam como insustentável para a segurança e a fluidez do sistema de aviação.






