São Paulo, 31 out 2025 (sexta-feira) – O contrato futuro do Ibovespa para dezembro (WINZ25) avançou 0,30% e encerrou o pregão a 152.200 pontos, superando a marca histórica de 152.100 pontos projetada por analistas.
Análise técnica do BTG Pactual aponta que o movimento comprador permanece firme após sucessivas altas. As médias móveis de 21 e 50 períodos, no gráfico de 60 minutos, atuam como suportes dinâmicos em 150.730 pontos. O banco avalia que uma correção pontual seria saudável, mas, se a tendência prevalecer, o mini-índice pode buscar 153 mil e 154 mil pontos.
O dólar futuro recuou 0,06%, encerrando a sessão a R$ 5,3840. Segundo o BTG, o contrato voltou para a faixa de indefinição entre a resistência de R$ 5,420 e o suporte de R$ 5,370. Para retomar um viés de queda consistente, o ativo precisaria romper o piso desse intervalo.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o índice DXY – que mede o desempenho da divisa norte-americana frente a seis moedas fortes – subia 0,27%, a 99,798 pontos. A busca por proteção aumentou após declarações de dirigentes do Federal Reserve indicando juros elevados por mais tempo. Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, afirmou que um corte em dezembro não está garantido, reforçando o discurso do presidente Jerome Powell.
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No mercado à vista, o Ibovespa contou com o suporte de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), impulsionadas pelo rali das commodities e pelo tom positivo em Wall Street. Entre os indicadores econômicos, a taxa de desemprego ficou em 5,6% no trimestre encerrado em setembro, ligeiramente acima da mediana de 5,5% projetada pela Reuters. Embora ainda baixa em termos históricos, o resultado sugere acomodação na criação de vagas em meio a atividade moderada e juros elevados.
O quadro fiscal continuou no radar dos investidores, que acompanham possíveis medidas compensatórias após propostas de renúncias e isenções tributárias, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda.