O fundo imobiliário VBI Prime Properties (PVBI11) segue negociado com forte deságio na B3, mesmo possuindo ativos de padrão AAA em São Paulo. Segundo Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, o fundo possui “o melhor portfólio de lajes corporativas” entre os FIIs listados.
Durante participação no programa Liga de FIIs, Didziakas ressaltou que o P/VP do PVBI11 está em 0,68, o que implica desconto de aproximadamente 32% em relação ao valor patrimonial.
O especialista atribui a lentidão recente na ocupação dos imóveis do fundo à discrepância de preços entre regiões corporativas. Enquanto endereços como Faria Lima apresentam aluguéis mais altos, áreas ainda descontadas, como Chucri Zaidan e Berrini, têm atraído empresas em busca de condições mais vantajosas.
Entre os principais ativos do PVBI11 estão o Union Faria Lima e o Vila Olímpia Corporate. Didziakas afirma que esses edifícios podem chegar a valores de locação entre R$ 300 e R$ 320 por metro quadrado, mas a competição com regiões alternativas adia a absorção esperada.
Para Didziakas, a fase atual representa uma janela de compra para quem busca exposição a imóveis de alta qualidade. “Do ponto de vista de tijolo, não há nada de ruim com o PVBI”, disse, lembrando que a vacância no mercado paulistano vem caindo.
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O executivo observa que o investidor que adquire cotas agora pode se beneficiar de dois movimentos: a valorização das cotas quando a ocupação aumentar e o consequente avanço dos dividendos. “Muitos ficam frustrados porque o fundo demora para alugar, mas quando isso acontece, o preço é outro”, comentou, comparando a situação com outras praças, como Alphaville ou Rio de Janeiro.
Ele acrescentou que o preço atual das cotas não reflete o potencial imobiliário do fundo. “Se aparecer um comprador querendo pagar valor patrimonial, a gestão não vai vender. Todos sabem o quanto vale”, concluiu.
A entrevista completa foi exibida na edição desta semana do Liga de FIIs, programa transmitido às quartas-feiras, às 18h, no canal InfoMoney no YouTube.