São Paulo, 11 de junho de 2024 – O diretor-executivo da Function, Thomas Chen, defende que o Bitcoin (BTC) deve ser tratado como capital produtivo, capaz de gerar renda para investidores institucionais, e não só como reserva de valor comparável ao ouro digital.
Segundo Chen, a criação de fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin eliminou barreiras de entrada, mas o modelo permanece sem mecanismos para rentabilizar o ativo. Para o executivo, o próximo passo é construir caminhos “credíveis, auditáveis e de nível institucional” que convertam a exposição em rendimento escalável.
O autor destaca que a infraestrutura on-chain evoluiu e hoje permite estratégias transparentes de geração de yield. Ele cita:
O foco, afirma Chen, não é maximizar retorno, mas otimizar a relação risco-recompensa dentro dos mandatos institucionais.
• O valor travado (TVL) em protocolos DeFi de Bitcoin saltou 228% nos últimos 12 meses, segundo a DefiLlama.
• Mais de US$ 200 bilhões em BTC estão nas mãos de instituições; 1,69 milhão de BTC estão em ETFs e 60% concentram-se em grandes carteiras, aponta o BitInfoCharts.
• Uma pesquisa de 2025 indica que 83% dos investidores institucionais pretendem ampliar a participação em criptoativos.
• No quarto trimestre de 2024, o número de carteiras móveis de criptomoedas ativas superou 36 milhões, recorde histórico.
Imagem: Trader Iniciante 2 (16)
Como exemplos de movimentos iniciais, Chen menciona:
Para o CEO da Function, o desafio está em criar estruturas padronizadas que atendam a normas de custódia, gestão de risco e compliance. Ele argumenta que, à medida que essas exigências forem atendidas, manter Bitcoin parado deixará de ser opção competitiva, e as organizações que adotarem cedo práticas de rendimento conquistarão a maior fatia de liquidez.
Chen conclui que a janela para definir boas práticas já está aberta e que é hora de transformar exposição em implementação produtiva, transparente e totalmente em conformidade.