A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) comunicou que reduzirá em 10% o volume de operações em 40 dos principais mercados aéreos do país devido ao prolongamento da paralisação do governo e à falta de controladores de tráfego. As companhias aéreas afirmaram nesta quarta-feira (data local) que trabalham para minimizar o impacto sobre os passageiros.
Segundo fonte ouvida pela imprensa norte-americana, a diminuição começa com 4% a partir desta sexta-feira e chegará aos 10% na próxima semana, porcentual que permanecerá em vigor até que o órgão considere os níveis de segurança adequados. O corte pode resultar na retirada de milhares de voos diários enquanto durar o impasse orçamentário em Washington.
Em entrevista coletiva ao lado do secretário de Transportes, Sean Duffy, o administrador da FAA, Bryan Bedford, afirmou nunca ter visto uma medida semelhante em mais de três décadas no setor. Ele explicou que muitos controladores estão sem remuneração desde o início da paralisação, há mais de um mês, cumprindo jornadas de seis dias e horas extras obrigatórias. A pressão financeira levou parte do efetivo a se ausentar, provocando atrasos nos principais aeroportos.
Bedford disse que a decisão tem caráter preventivo: a meta é evitar que a situação se deteriore a ponto de comprometer a segurança dos voos.
United, Southwest e American Airlines comunicaram ações para reduzir cancelamentos e realocar clientes. Em mensagem interna, o presidente da United, Scott Kirby, informou que os cortes se concentrarão em rotas regionais e em voos fora de centros de conexão. Trechos internacionais de longa distância e operações entre hubs não devem ser afetados. A empresa oferecerá reembolso a quem optar por não viajar, mesmo que o voo permaneça na malha.
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A American Airlines declarou esperar que “a grande maioria” das viagens ocorra conforme planejado e garantiu que avisará passageiros sobre eventuais mudanças, recomendando a verificação antecipada do status dos voos.
As transportadoras reforçaram que seguem acompanhando a situação junto à FAA e que novas adaptações podem ser anunciadas caso o corte de tráfego se prolongue.