Washington, — O secretário de Transportes dos Estados Unidos, Sean Duffy, afirmou nesta sexta-feira (data da declaração) que os voos internacionais continuarão operando normalmente durante a paralisação do governo, mesmo com a redução de 10% na capacidade de tráfego aéreo em 40 aeroportos de grande movimento em todo o país.
Ao falar com repórteres no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Arlington, Virgínia, Duffy explicou que acordos firmados com outros países obrigam os EUA a manter a operação de rotas internacionais. “Caso esses acordos sejam violados, na prática teríamos parceiros estrangeiros reduzindo a chegada de voos americanos, o que causaria impacto duradouro nas viagens ao exterior”, disse.
A United Airlines informou que os voos entre seus principais hubs e as rotas internacionais permanecerão fora do corte de horário, garantindo opções aos passageiros afetados pela redução interna. A American Airlines também declarou que, por enquanto, não prevê mudanças em seus voos internacionais.
A Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou nesta semana a diminuição de 10% no volume de tráfego aéreo em 40 mercados de alta demanda. A decisão busca manter a segurança diante da escassez de controladores de voo, que trabalham em regime de horas extras, muitas vezes em jornadas de seis dias por semana e até 10 horas por dia, sem receber salário desde o início da paralisação em 1º de outubro.
Imagem: Daniella Genovese FOXBusiness via foxbusiness.com
De acordo com a associação Airlines for America, mais de 3,2 milhões de passageiros já sofreram atrasos ou cancelamentos de voos provocados pela falta de pessoal nos centros de controle de tráfego aéreo desde o início do shutdown. Algumas ausências de controladores, motivadas por dificuldades financeiras, têm ampliado as filas e atrasos em aeroportos de grande porte.
A redução permanecerá enquanto durar a paralisação do governo, podendo cancelar milhares de voos domésticos diariamente. Segundo Duffy, no entanto, as rotas internacionais seguirão com operação regular graças aos compromissos bilaterais vigentes.